Frequentando academia após bariátrica, Thaís Carla desabafa: ‘Como se todo mundo estivesse olhando pra mim’

A dançarina e influenciadora Thais Carla, de 33 anos, usou as redes sociais para compartilhar sua experiência ao retornar à academia, 50 dias após se submeter a uma cirurgia bariátrica. Desde o procedimento, ela já eliminou 45 kg.

Em seu relato, a moradora de Salvador descreveu a insegurança que sentiu ao voltar ao ambiente de treino. “Hoje eu fui pra academia e me veio uma sensação que eu já senti algumas vezes. Um medo, como se tivesse todo mundo olhando pra você e você não pudesse estar naquele lugar”, escreveu. Segundo ela, essa percepção está ligada à vivência como mulher gorda. “A gente tem medo de ocupar certos espaços, por achar que você não cabe ali”, afirmou.

A dançarina contou que, com o tempo, passou a ressignificar essa relação com o ambiente fitness. “Depois de um tempo, eu percebi que, sim, a academia foi feita pra mim. Por mais que tenha olhares tortos e julgamentos, eu vou hoje em dia com energia e disposição. Porque quem se ama faz isso por você”, declarou.

Antes da cirurgia, Thais já havia perdido 30 kg. No pós-operatório, reduziu mais 15 kg. Ela define o atual momento como um novo ciclo, marcado por mais leveza e saúde. “Não fiz a cirurgia por estética, nem por saúde. Foi pelas minhas filhas”, explicou. No dia da operação, Thais pesava 170 kg. Pouco mais de um mês depois, já havia atingido os 155 kg.

O procedimento realizado foi o bypass gástrico, técnica que reduz o tamanho do estômago e desvia parte do intestino, o que diminui a absorção de alimentos. A recuperação exige uma dieta gradual, com fases líquida, pastosa e, por fim, alimentos sólidos. “Agora já consigo mastigar algumas coisas, tipo uma torradinha. Frutas estão liberadas, carnes também, desde que bem macias”, relatou.

Thais também apontou que sua decisão teve origem em um esgotamento emocional e abordou os impactos da gordofobia em sua rotina. “As pessoas acham que gordofobia é só alguém não gostar de gordo, mas é estrutural. No restaurante, penso na cadeira. No ônibus, torço para deixarem eu entrar pela porta de trás”, concluiu.