Advogada explica direitos à pensão após cena de “Vale Tudo” mobilizar mulheres

Advogada explica direitos à pensão após cena de “Vale Tudo” mobilizar mulheres

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Surenã Dias

Reprodução / TV Globo

Publicado em 20/05/2025 às 13:03 / Leia em 2 minutos

O remake da novela “Vale Tudo” reacendeu uma discussão importante sobre o direito à pensão alimentícia no Brasil. Segundo dados da Defensoria Publica, o aplicativo do órgão teve pico de 4.500 acessos por minuto logo após a exibição do capítulo.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, a advogada de família Bárbara Heliodora destaca que o mostra o quanto a ficção ainda é um instrumento poderoso de transformação social. “Quando uma novela coloca em pauta temas como a pensão alimentícia, ela tira essas mulheres da invisibilidade. Muitas não sabiam que poderiam recorrer à Justiça de forma gratuita, e essa cena abriu os olhos de milhares”, analisa.

Ela explica que o pedido de pensão pode ser feito mesmo sem advogado particular, diretamente com a Defensoria Pública. “Basta que a mãe comprove a necessidade da criança e a possibilidade de o pai contribuir. Não é necessário ter provas complexas, mas é importante levar documentos básicos como certidão de nascimento, comprovante de renda e endereço”, orienta.

A especialista também lembra que o direito à pensão não se limita apenas aos filhos. “Dependendo da situação, é possível requerer pensão para ex-cônjuges e até para pais idosos, se comprovada a necessidade. A pensão é uma ferramenta de justiça social”, afirma.

Ainda sobre a novela, a especialista avalia que a trama espelha a realidade de milhões de mulheres brasileiras e reacende um debate sobre educação jurídica e acesso à informação, que ainda não chega a grande parte da sociedade brasileira.

“Quanto mais informação chegar à população, mais mulheres saberão que não estão sozinhas e que têm amparo legal. Esse tipo de impacto que vimos com a novela é um reflexo claro da carência de políticas públicas que expliquem de forma simples os direitos das famílias brasileiras”, conclui.

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