Conhecida nas redes sociais como a “casa mais triste do mundo”, uma mansão localizada em Devon, na Inglaterra, voltou a chamar atenção após novos sinais de degradação em sua estrutura. Internautas que acompanham a história da propriedade notaram, por meio de imagens recentes do Google Street View, que parte da fachada apresenta manchas escuras e sinais de desgaste.
Fotos captadas em agosto de 2024 revelam o avanço de algas e acúmulo de sujeira sobre a pintura branca da casa, originalmente construída no estilo mediterrâneo. Também foram identificadas rachaduras próximas à entrada da garagem, agravando ainda mais a impressão de abandono. A coloração “marrom” em parte da estrutura tem reforçado a imagem melancólica que acompanha o imóvel desde que ganhou notoriedade na mídia.
A residência à beira-mar, inspirada no formato de um farol, ocupa uma área de aproximadamente 12 mil metros quadrados. Projetada como um símbolo de luxo e inovação, a mansão ficou famosa após ser exibida no programa Grand Designs, do Channel 4. Desde então, a história do imóvel é marcada por frustrações e desafios enfrentados por seu idealizador, Edward Short.
O projeto, que levou cerca de 12 anos para ser finalizado, teve uma trajetória turbulenta. Durante o processo, Edward enfrentou um divórcio e acumulou dívidas estimadas em cerca de R$ 47,7 milhões. Apesar do tempo e recursos investidos, ele nunca chegou a residir no local. Na internet, surgiram especulações sobre uma possível “maldição” que pairaria sobre a propriedade de cinco quartos.
Na tentativa de quitar as dívidas, o proprietário colocou o imóvel à venda em 2022, com valor inicial de R$ 75 milhões. No entanto, apesar da vista privilegiada e da arquitetura singular, a venda não se concretizou. Posteriormente, o valor foi reduzido para R$ 40 milhões, conforme divulgado pela imobiliária Savills.
Negociações chegaram a avançar, mas também enfrentaram obstáculos. Edward teria rejeitado uma proposta feita por Matt Fiddes, empresário das artes marciais e ex-segurança de Michael Jackson, por não garantir que manteria a estrutura original. Segundo relatos, o atual dono tem preferência por compradores que preservem a integridade do projeto, o que tem dificultado a conclusão do negócio.