A formalização de uma parceria entre Suzano e o Instituto Arapyaú, anunciada na última semana, deve dar novo impulso a cacauicultura do extremo-sul baiano, por meio da expansão do “Projeto Cacau+ Sustentável”.
A iniciativa, que se desenvolverá ao longo de três anos, prevê mobilizar recursos estimados em R$ 9 milhões, sendo R$ 2,1 milhões aportados pela Suzano e o restante disponibilizado pelo Instituto Arapyaú via microcrédito aos produtores.
O projeto espera beneficiar aproximadamente 1.100 pessoas em situação de vulnerabilidade social na região, e desenvolve-se em torno da consolidação de sistemas agroflorestais (SAFs), nos quais o cacau é cultivado em consórcio com outras culturas permanentes.
“Muitos dos produtores-alvo buscam adotar práticas agroecológicas em sistemas agroflorestais, que oportunizam uma diversificação de sua receita”, explica Ricardo Gomes, gerente de Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia do Instituto Arapyaú.
“Com ações como essa, seguimos firmes com o nosso compromisso de tirar 200 mil pessoas da linha da pobreza até 2030, nas regiões onde atuamos. Só em 2024, a Suzano apoiou 9 projetos no sul da Bahia, beneficiando mais de 30 mil pessoas e contribuindo para a saída de mais de 10 mil da linha da pobreza. Que orgulho fazer parte dessa empresa!”, disse Mariana Lisbôa, diretora Global de Relações Corporativas e Licenciamento Ambiental da Suzano, em publicação nas redes sociais.
Histórico e Perspectivas
O Projeto Cacau+ Sustentável se integra a um conjunto de ações já em curso na localidade. No ano anterior, iniciativas semelhantes no sul da Bahia apoiaram nove programas, com foco em empreendedorismo, emprego e agricultura familiar, atingindo mais de 30 mil beneficiários.
A combinação entre recuperação ambiental, por meio da recomposição de áreas degradadas, e desenvolvimento econômico sustentável avaliza um modelo que busca equilibrar produção e conservação em uma região historicamente vinculada à produção cacaueira e à preservação da Mata Atlântica.