O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem movimentado o cenário político nacional e reacendido discussões sobre sua possível prisão. O caso ocorre três anos após ele ser alvo de manifestações no festival Lollapalooza, em São Paulo, evento que marcou um dos momentos mais emblemáticos da oposição artística ao seu governo.
As manifestações no festival ganharam força quando a cantora Pabllo Vittar encerrou seu show gritando “Fora, Bolsonaro” e correu segurando uma toalha com a imagem do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já havia iniciado sua pré-campanha eleitoral.
Coincidência? 3 anos depois desse ato antifascista da Pabllo Vittar, Bolsonaro se tornaria réu por tentativa de Golpe de Estado. pic.twitter.com/v0Midjd52S
— Pabllo Vittar Brasil (@pabllovbrasil) March 26, 2025
A repercussão do protesto levou o então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo a tentar proibir manifestações durante o evento. A medida, no entanto, não avançou após o ministro Edson Fachin defender a liberdade de expressão.
Em pouco tempo, o episódio gerou um efeito cascata entre os artistas, que passaram a demonstrar publicamente sua insatisfação com o governo. Nomes como a Fresno, Djonga, Lulu Santos, Marina Sena e Marcelo D2 se posicionaram contra Bolsonaro durante festival.
Em entrevista ao podcast do G1, Pabllo Vittar relembrou o momento e destacou que sua atitude foi espontânea. “Foi um grande ‘foda-se’ para tudo o que estava acontecendo, para o ex-governo, para as injustiças. A gente estava ali para se divertir. É um festival de música. Mas música é política, não tem como separar”, afirmou.