The Economist diz que funk brasileiro será ‘próxima febre mundial’

The Economist diz que funk brasileiro será ‘próxima febre mundial’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Charles Sykes/Invision/AP

Publicado em 07/03/2025 às 16:57 / Leia em 3 minutos

O funk brasileiro está prestes a conquistar o mundo, segundo a revista britânica The Economist. Em artigo publicado nesta quinta-feira (6), a publicação destaca que, embora o filme “Ainda Estou Aqui” tenha reacendido a imagem do Brasil como o país do samba e da bossa nova, os gêneros musicais preferidos pelos brasileiros atualmente são o sertanejo e o funk.

Segundo a revista, o Funk, nascido nas favelas do Rio de Janeiro, tem potencial para se tornar um fenômeno global, alterando a percepção internacional sobre a cultura brasileira.

A ascensão do sertanejo reflete mudanças na economia brasileira, que passou de uma base industrial para uma agrícola. Leo Morel, da Midia Research, observa que, com a importância crescente da agricultura, “os estados rurais começaram a ganhar voz”. As letras do sertanejo frequentemente abordam temas como gado, cerveja e caminhonetes americanas. No entanto, o gênero possui pouco potencial de exportação, já que poucos artistas sertanejos buscam reconhecimento internacional.

O funk brasileiro surgiu no final dos anos 1980, inspirado no Miami bass e no electro-funk, subgêneros do hip-hop americano que incorporam bateria eletrônica. Os brasileiros desenvolveram uma subcultura em torno do gênero, com danças como o “passinho” para os homens e a “rebolada” para as mulheres, uma variante acelerada do twerking. As letras do funk frequentemente abordam temas violentos, refletindo a realidade das comunidades onde o gênero se originou.

O Funk no mundo

A The Economist destaca que artistas internacionais, como Beyoncé e Kanye West, incorporaram batidas de funk em seus álbuns recentes. Produtores americanos, antes alheios ao gênero, agora buscam colaborações com artistas brasileiros.

Para a The Economist, se embaixadores da música do Brasil costumavam ser artistas como Gilberto Gil e Caetano Veloso, “hoje o mascote preferido é a Anitta”.

A revista destaca que ela trabalhou por muitos anos para chegar ao mercado internacional, aprendeu espanhol e inglês, comprou uma casa em Miami e assinou com uma gravadora de prestígio, a Republic Records.

Seu álbum mais recente, “Funk Generation”, lançado em abril de 2024, celebra o funk carioca e recebeu elogios da crítica internacional, sendo listado entre os melhores álbuns do ano pela Billboard e pela People.

A The Economist conclui que, se Anitta e outros artistas brasileiros continuarem dedicando recursos para conquistar o público global, o crescimento internacional do funk pode estar próximo

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