O processo de fusão entre Azul e Gol começou a ser analisado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O acordo, anunciado na última quarta-feira (15), prevê a criação de uma holding que controlará cerca de 60% do mercado aéreo brasileiro, mantendo as operações e marcas das duas companhias separadas.
Com a união, as empresas poderão operar aproximadamente 1.800 voos diários para mais de 200 destinos, utilizando uma frota de mais de 300 aeronaves. O CEO da Azul, John Rodgerson, destacou, em entrevista ao Neofeed, que a fusão busca expandir a conectividade no Brasil, com a criação de novos hubs no Norte e Nordeste e o fortalecimento de voos internacionais a partir dessas regiões.
A ideia é ampliar a conectividade regional e internacional e atender melhor a demanda de passageiros nessas localidades, descentralizando as operações que hoje são mais concentradas em regiões como Sudeste e Sul. Isso pode beneficiar a economia local, além de facilitar o acesso de passageiros a uma rede mais ampla de destinos.
Rodgerson também citou a volatilidade do câmbio e a alta do dólar como fatores que influenciaram o avanço das negociações. Segundo ele, o anúncio foi antecipado para que as companhias ganhassem tempo durante o período de análise regulatória.
A conclusão do processo ainda depende de aprovação pelos órgãos reguladores, e a previsão é que as operações conjuntas possam começar em 2026.