A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e a BaianaSystem deram uma aula de como unir o erudito ao popular na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), na noite desta sexta-feira (9), durante apresentação da Sinfonia Terra Brasilis, concerto de encerramento do Grupo de Trabalho de Cultura do G20 Brasil 2024 na Bahia. O grupo foi o último convidado a subir ao palco – e o mais aguardado –, e não deixou escolha para a arquibancada, senão levantar para dançar.
— Midia Only (@midiaonly) November 9, 2024
A Osba introduziu a participação do grupo fenômeno com um “Scherzo”, da Sinfonia nº 9 de Beethoven, que abriu brecha para a guitarra baiana tomar conta com um pot-pourri de “Lucro (Descomprimido)” e “Miçanga”.
“Gosto de quebrar estas barreiras porque com isso conseguimos mostrar sua imensa gama de possibilidades, capaz de atrair todo o tipo de público. Beethoven também foi um revolucionário, seja musicalmente ou no seu pensamento político. Rasgou a dedicatória que fez de sua terceira sinfonia a Napoleão quando enxergou o caráter déspota em quem acreditava ser um humanista”, fundamentou Carlos Prazeres, maestro titular da orquestra, ao Alô Alô Bahia.
E complementou: “Assim que conheci a música do BaianaSystem, quis juntá-la com Beethoven. Seu ‘scherzo’ tem uma enorme força orgástica que quando desemboca em ‘Lucro’ (elas estão na mesma tonalidade) provoca uma onda enorme de energia”.
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O “culto”, forma que o público encontrou para definir o encontro potente entre a Osba e a BaianaSystem, continuou a pleno vapor com “Sulamericano”, “Duas Cidades”, “Capim Guiné” e “Forasteiro”. “Que ao longo dos séculos a arte possa estar sempre atenta e forte”, desejou Prazeres.
“Capim Guiné” e “Forasteiro”, aliás, foram a deixa para o público descer ao palco e formar uma roda de pogo.
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Como ato final da noite, os outros artistas convidados voltaram ao palco para abrilhantar ainda a apresentação, que passeou pela diversidade cultural brasileira e mostrou a riqueza e a variedade de expressões artísticas que o país oferece.
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