A mansão que foi lar da apresentadora Hebe Camargo por 21 anos foi colocada a leilão após determinação judicial. Segundo o Uol, no entanto, nenhum comprador se interessou pelo imóvel no bairro do Morumbi, em São Paulo.
A famosa ‘casa abandonada de Hebe’ pertence aos herdeiros do empresário Lélio Ravagnani, com quem ela se casou em 1979. Quando ele morreu aos 78 anos, em julho de 2000, a apresentadora deixou a mansão que tem 962 metros de área construída.
Detalhes
O juiz Fábio Junqueira, responsável pelo processo em que a empresa Wv Soluções Logísticas cobra dívidas dos Ravagnani, escreveu que o imóvel está em ruínas. O imóvel foi penhorado como parte deste processo.
A casa, em seu estado atual, foi avaliada em R$ 8,2 milhões.
Ainda segundo o Uol, um laudo realizado em 2022 mostra a condição de abandono da mansão, que fica em um terreno de 1.987 metros quadrados.
“Com a ausência das telhas cerâmicas, a precipitação das chuvas determinou as infiltrações diretas nos ambientes do imóvel e ocasionou danos diversos nos ambientes do pavimento térreo e que se estenderam ao pavimento inferior”, afirmou o perito no documento.
O laudo cita a “deterioração dos revestimentos de parede e tetos, com formação de bolhas e descascamento de pintura, presença de manchas de umidade nas paredes, deterioração dos pisos, armários danificados em geral, corrosão de quadros elétricos, e danos nos circuitos elétricos”, entre outros problemas.
Próximos passos
Após o leilão ser feito sem interessados, uma decisão judicial obtida por um dos herdeiros de Ravagnani determinou a suspensão da venda do imóvel.
Lélio Ravagnani Filho contestou na Justiça o valor que havia sido determinado em primeira instância para a segunda praça, na qual o imóvel poderia ser leiloado por uma quantia mínima equivalente a 50% do preço de avaliação, ou seja, R$ 4,1 milhões.
A suspensão foi determinada pelo desembargador Alexandre Malfatti.
Leila Ravagnani, filha do marido de Hebe, que morou na mansão, disse à Justiça que o estado de deterioração do imóvel foi causado por uma tempestade de grandes proporções e violência, em 2015.
“Os fortes ventos destelharam a casa, e a chuva torrencial inundou todo o imóvel”, afirmou à Justiça.