A fachada da Ilha dos Sapos, estúdio de gravação de Carlinhos Brown, está de cara nova. O local, no bairro do Candeal, recebeu pintura do artista plástico e designer baiano Yosh José. ‘A Mão Preta’ foi a arte escolhida pelo cantor e compositor baiano.
O estúdio fica em frente ao Candyall Ghetto Square, que, além da Timbalada, receberá apresentações de Carlinhos Brown, Claudia Leitte e um projeto de samba comandado pelo Cacique durante uma programação especial para o verão. O Ilha dos Sapos já recebeu grandes nomes da música, como Shakira, Margareth Menezes, Marisa Monte, Ivete Sangalo, Sergio Mendes e muitos outros nomes.
Estúdio de Carlinhos Brown ganha novo visual inspirado em livro sobre a arte afrodescendente no Brasil
A pintura, que levou cerca de 20 dias para ficar pronta com ajuda de dois assistentes – Marcos Lôpo e Filipe Saback -, foi inspirada no livro A Mão Afro-Brasileira, organizado pelo artista plástico baiano Emanoel Araújo e lançado em 2010. A obra traz um amplo panorama da participação dos afrodescendentes na arte brasileira em todos os cantos do país, desde o período colonial.
“É um grande prazer reeditar esta arte, que é tão presente em minha vida e fez parte de vários momentos e suportes diferentes, inclusive tenho uma tatoo. Ela vem ressignificada, Brown e eu já conversamos anteriormente, mas agora conseguimos realizar, é muito bom fazer este tipo de trabalho com o público passante interagindo, dialogando sobre. As artes foram feitas com carimbos, assim aplicamos e depois viemos com os pincéis fazendo o preenchimento e acabamento de cada uma das mãos”, revelou Yosh José ao Alô Alô Bahia.
Estúdio de Carlinhos Brown ganha novo visual inspirado em livro sobre a arte afrodescendente no Brasil
O artista plástico e designer soteropolitano Yosh José é graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tem especialização em História e Cultura Afro-brasileira. Ele já assinou exposições e cenografias no Brasil e no exterior. No portfólio reúne trabalhos feitos na Casa do Benin, a concepção artística da Lavagem de Madeleine, na França, e mural de 13 metros no sudoeste da Noruega, além de blocos Afro de Salvador.
