A conta de energia elétrica vai ficar mais cara a partir desta terça-feira (1º), com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, estágio tarifário mais alto do sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica. A medida foi adotada em consequência do risco hidrológico, com reservatórios baixos, e a elevação do preço da energia no mercado, impactada pelo custo do que foi produzido e não contratado. Com a mudança, o preço para cada 100 quilowatts-hora consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877. Anteriormente, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, após um período em que a bandeira verde patamar 1, a mais barata do sistema, prevaleceu por vários meses do ano.
Nesta segunda-feira (30), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico declarou situação crítica de escassez hídrica no rio Xingu e seu afluente, o rio Iriri, até o dia 30 de novembro. A bacia do Xingu abastece a Usina de Belo Monte, no norte do Pará, responsável por 11% da capacidade de geração de energia do sistema interligado nacional. Ao mesmo tempo dados da Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, apontam que o consumo nacional de energia cresceu 5,6% em agosto, comparado ao mesmo período no ano anterior. O consumo residencial avançou 5,7%.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias de energia elétrica
O sistema de bandeiras tarifárias é composto pelas cores verde, amarelo e vermelho, em patamares 1 e 2. A cor verde patamar 1 significa tarifa sem custo extra. De acordo com a agência, esta é uma forma de tornar a cobrança complementar mais transparente aos consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional. Criado em 2015, ele indica os custos da geração de energia no Brasil e possibilita adaptações no consumo para redução no valor da conta de luz.
