A agência Moody’s elevou o rating do Brasil de Ba2 para Ba1, e mantém a perspectiva positiva para o país. Segundo a agência de classificação de risco, o crescimento mais robusto que o previsto contribuiu para a melhora do rating.
“Essa elevação reflete melhorias substanciais no crédito, que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que conferem resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade do arcabouço fiscal do Brasil ainda seja moderada, como refletido no custo relativamente alto da dívida”, diz trecho do relatório.
A Moody’s elenca que a dívida deve se estabilizar no médio prazo, mas em nível relativamente alto. A agência de risco revisou o crescimento do PIB para 2,5% neste ano, elencando o resultado “em parte das reformas estruturais implementadas por administrações sucessivas em uma série de áreas políticas”.
A agência elenca que a rigidez estrutural nos gastos e o aumento das despesas obrigatórias são fatores limitantes para a eficácia da política econômica: “essas limitações pesam na credibilidade da política fiscal e complicam os esforços contínuos para cumprir as metas fiscais, o que prejudica a eficácia da política e contribui para prêmios de risco relativamente altos”.
Em maio, a agência já havia alterado a perspectiva sobre a nota de crédito do Brasil para “positiva”, antes”estável”, mas ainda no grau de Ba2.
A elevação da nota de crédito do país vem menos de uma semana depois do encontro do presidente Lula, em Nova York, com representantes das agências Standard & Poor’s e Moody’s durante a viagem aos Estados Unidos para discursar na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Essas agências avaliam a capacidade de uma instituição ou país pagarem suas dívidas. De acordo com a capacidade, são atribuídas notas que podem ir de AAA (o famoso triple A), para os melhores pagadores, a D, para quem está em situação de inadimplência.