Ministério da Cultura lança diretrizes para economia criativa no país

Ministério da Cultura lança diretrizes para economia criativa no país

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 08/08/2024 às 07:36 / Leia em 3 minutos

Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (7), no Rio de Janeiro, o Ministério da Cultura lançou as diretrizes da Política Nacional de Economia Criativa – o Brasil Criativo. O evento integra a programação do Seminário Internacional Políticas para Economia Criativa: G20 + Ibero-América, realizado em parceria com a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura. Na ocasião, a ministra Margareth Menezes também anunciou a criação da nova Secretaria de Economia Criativa da pasta.

O Brasil Criativo é uma ideia que já existia, era realidade em outros países há muitos anos, mas agora estamos buscando fazer o dever de casa com a implementação de fato, porque existe um setor que já resistiu aos piores momentos de ataque às pessoas que trabalham nele e agora está amadurecido para receber essa política”, declarou a titular do MinC.

O secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes, ressaltou que as diretrizes do Brasil Criativo foram elaboradas a muitas mãos. “Esse trabalho não nasce agora, é resultado de um diálogo muito intenso no Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, em 2023, na Conferência Nacional de Cultura, em reuniões com os secretários de Cultura dos estados e municípios, empresários e representantes da academia, além de todo o sistema MinC e quase todos os ministérios do governo”, pontuou.

Na noite desta quarta foram apresentadas as diretrizes que vão embasar a política, em novo processo de construção. “É hora de exaltar o quanto a economia criativa faz diferença para a democracia e a cultura de paz, não só em termos econômicos”, comentou Isabel de Paula, coordenadora do setor de Cultura da Unesco no Brasil, entidade que atuou ao lado do MinC em todo o processo.

O Brasil Criativo orientará a formulação, a implementação e o monitoramento de iniciativas estratégicas, como programas, projetos e ações concretas, que vão consolidar os valores culturais como base para o desenvolvimento sustentável do país. “A Unesco apontou recentemente que 6,7% do PIB do mundo é gerado pela economia criativa e mais de 30 milhões de pessoas são empregados nesse setor, por isso precisamos dessa política específica que vai alçar a cultura brasileira ao lugar que ela merece”, reforçou Margareth Menezes.

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Novos rumos

A ministra anunciou ainda no evento que a área do MinC responsável por coordenar a próxima fase da política será a nova Secretaria de Economia Criativa, comandada pela professora e pesquisadora Claudia Leitão, que já ocupou o cargo durante a gestão da ministra Ana de Hollanda, também presente na cerimônia.

Naquela época já se ouvia falar de economia criativa em outros países, mas o Brasil ainda vinha de uma política clientelista e poucos eram atendidos, por isso vimos a necessidade de uma área específica para o tema”, lembrou Ana de Hollanda. “Os territórios criativos têm um elemento cultural muito rico, agora a gente tem que emancipar esses produtores e técnicos que trabalham na escala produtiva do setor”.

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