As exportações baianas iniciaram bem o segundo semestre, registrando aumento de 2% em julho, comparado a igual mês de 2023. O valor exportado atingiu US$ 1 bilhão, recorde no ano, impulsionado, especialmente, pelo preço de commodities. Em julho, no comparativo interanual, os preços médios subiram 17,3%, enquanto que o volume embarcado no mês apresentou queda de 4,8%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento.
Entre os setores que registraram maior crescimento, estão soja e derivados, com 32,7% (US$ 367,5 milhões); papel e celulose, com 51,8% (US$ 153,2 milhões); derivados de cacau, com 187,2% (US$ 53,9 milhões); algodão, com 44,4% (US$ 44,1 milhões); e café, com 82,4% (US$ 22,5 milhões).
As importações cresceram 28,9%, totalizando US$ 906,2 milhões, confirmando sua tendência de alta desde março, impulsionada pela demanda doméstica mais forte, principalmente devido ao mercado de trabalho e ao aumento dos preços dos combustíveis.
As exportações agropecuárias foram o único agregado a subir no mês passado dentre os setores de atividade econômica, com alta de 33,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A indústria extrativa registrou queda de 13,2%, enquanto a indústria de transformação teve redução de 15,9%, puxadas, mais uma vez, pelo fraco desempenho do refino e da petroquímica. O resultado é reflexo do encolhimento das vendas para a Argentina, da menor demanda por óleo combustível e pela, cada vez mais acentuada, falta de competitividade da petroquímica nacional.
Em relação aos destinos, as exportações cresceram para todos os principais mercados, com exceção dos EUA, que registrou encolhimento no mês de 19,4%, e para a Argentina, para onde as vendas desabaram 59%. Pelo lado das importações, o aumento foi encabeçado, mais uma vez, pelos combustíveis, com crescimento de 126,1%, e nas compras de bens de consumo, com alta de 51,7%.
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 6,38 bilhões, com alta de 3,8%, comparado ao mesmo período de 2023. As importações alcançaram US$ 6,53 bilhões, valor maior que o das exportações, com alta de 20%. Com isso, houve déficit de US$ 154,4 milhões na balança comercial do estado no período. A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou US$ 12,91 bilhões e incremento de 11,4%.