Exportações baianas recuam 22% em março, aponta levantamento

Exportações baianas recuam 22% em março, aponta levantamento

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Divulgação

Publicado em 09/04/2024 às 12:58 / Leia em 3 minutos

A queda no volume exportado em 27,2%, principalmente de derivados de petróleo, petroquímicos e minerais, além do número de dias menores devido ao feriado de semana santa, contribuíram para as exportações baianas recuarem 22% em março, no comparativo com o mesmo período do ano passado, alcançando US$ 801,1 milhões. Os preços médios registraram alta de 6,9% no mês, puxados por metais preciosos, derivados de cacau e frutas. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento.

No setor agropecuário, mesmo com a queda de preços em 1%, o volume embarcado cresceu 6%, fazendo com que as receitas do setor crescessem 5%. O destaque vai para os aumentos nas vendas de algodão (397,1%) e frutas (63,1%). Na indústria de transformação, o volume de mercadorias embarcadas recuou 42,4%, embora os preços, ao contrário do agro, registrassem aumento de 13%, o que não evitou a queda nas receitas em 35%.

Na indústria extrativa, os preços médios foram 17,8% maiores, enquanto nos embarques a redução chegou a 37,2%. Com isso, as receitas do setor caíram 26%, comparadas ao mesmo mês de 2023. No primeiro trimestre, as exportações baianas permanecem estáveis, com US$ 2,55 bilhões contra US$ 2,56 bilhões em igual período do ano anterior.

Para os próximos meses, a expectativa é de um período sazonal mais positivo da agricultura, que ainda será alcançado nos meses do meio do ano, assim como tende a melhorar a rentabilidade das exportações, com a desvalorização recente do real frente ao dólar. Por outro lado, é importante também acompanhar o movimento de preço das commodities. De um lado temos soja, milho e café com preços declinantes. Do outro, petróleo subindo acima dos US$ 90 o barril, mas com queda nos embarques de derivados”, analisa o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Arthur Souza Cruz.

 

Importações

A importação, que já registrou aumento de 5,7% nos desembarques físicos em fevereiro, voltou a ter desempenho positivo em março (+24%). Petróleo cru, gás, trigo e termoplásticos foram os principais responsáveis pelo aumento das compras externas no mês, enquanto o recuo foi registrado na aquisição de fertilizantes, compostos químicos, nafta e cacau.

Os combustíveis se destacaram, com alta de 75,6% no valor das importações em março. Bens intermediários foram em sentido contrário, com queda de 21,3% no valor desembarcado. As duas categorias responderam juntas por 92,6% do total das compras externas do estado no mês.

Alô Alô Bahia no seu WhatsApp! Inscreva-se

Compartilhe