Espaço de intercâmbio entre as culturas africanas e brasileiras, a Casa do Benin completa 36 anos de criação no próximo mês, precisamente no dia 6 de maio. O espaço fica em um casarão na Rua Padre Agostinho Gomes, perto do Taboão, lá no Pelourinho, no coração do Centro Histórico, e representa um pedaço da África, onde o intercâmbio de culturas de lá pra cá e daqui pra lá se cria.
A Casa possui importante acervo artístico e cultural afro-brasileiro e é mantido pela Fundação Gregório de Mattos para valorização das relações culturais afro-brasileiras, com um acervo composto por cerca de 200 peças originárias do Golfo do Benin, colecionadas pelo fotógrafo francês Pierre Verger ao longo de suas viagens realizadas à África, para estudar os fluxos e refluxos entre África e Bahia.
Também possui peças relacionadas à cultura afrodiaspórica, doadas por artistas e instituições.
O local é todo decorado por tecidos coloridos, que conferem mais cor e vida à Casa. Esta decoração é uma instalação da artista plástica e designer Goya Lopes, uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira.
A reforma tem o projeto da arquiteta modernista ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. No casarão, se encontra o Espaço Museu Pierre Verger, onde estão expostas peças do acervo permanente com obras beninenses; a Sala de Exposição Lina Bo Bardi, que recebe mostras temporárias; e o Auditório Gilberto Gil, local de realização de eventos e oficinas de pequeno porte voltados para a comunidade.
No pátio, existe o Espaço Gourmet Jeje Nagô, com arquitetura inspirada no estilo de restaurantes antigos das comunidades rurais beninenses. A “Tatassomba” é uma réplica de edificações existentes no Benin, desenvolvida pela arquiteta Lina Bo Bardi, feita de barro e com teto de palha. Também há uma outra edificação, toda em cimento queimado – uma das assinaturas da arquiteta. Ali, existe uma sala multifuncional, além de um terraço de onde é possível ver os casarões seculares do Centro Histórico com um outro olhar.
Além disso, a Casa do Benin realiza, promove, divulga e apoia, através das exposições, os artistas baianos que têm como inspiração a arte de matriz africana.
Se você no Centro Histórico, uma boa pedida é ir primeiro à Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos e, de lá, seguir para a Casa do Benin.
SERVIÇO
O quê: Casa do Benin;
Funcionamento: De terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, das 9h às 16h;
Onde: Rua Pe. Agostinho Gomes, 17 – Centro Histórico;
Quanto: Entrada gratuita;
Mais informações: (71) 3202-7890 | Instagram: @casadobenin.
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