24 Aug 2023
Relatório da ONU diz que inteligência artificial pode aumentar ao invés de destruir empregos
Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ligada à ONU, avalia que são baixos os riscos de ferramentas generativas, como o ChatGPT, automatizarem funções exercidas por humanos. De acordo com o estudo divulgado este mês, a inteligência artificial tem mais probabilidade de aumentar do que destruir empregos. Apesar disso, cargos ocupados por mulheres têm duas vezes mais chances de serem afetados pela IA.
Os autores da pesquisa observaram que a maioria dos empregos e indústrias estão apenas parcialmente expostos à automação. Portanto, acredita-se que são mais propensos a serem complementados em vez de substituídos pela última onda da tecnologia. O estudo conclui que o maior impacto dessas inovações será na qualidade dos empregos, em especial em quesitos como intensidade e autonomia.
O trabalho de escritório foi a categoria com maior exposição tecnológica, com quase um quarto das tarefas consideradas altamente expostas e mais da metade das tarefas com exposição de nível médio. Em outros grupos ocupacionais, incluindo gerentes, profissionais e técnicos, apenas uma pequena parcela das tarefas foi considerada altamente exposta, enquanto cerca de um quarto apresentou níveis médios de exposição.
O relatório aponta que 5,5% dos postos de emprego em economias de alta renda estão potencialmente expostos aos efeitos de automação da tecnologia, enquanto em países de baixa renda, o risco abrange apenas cerca de 0,4% do emprego.
A OIT também alerta para as diferenças de gênero, pois cargos ocupados por mulheres têm duas vezes mais potencial de serem afetados pela automação. Isso se deve ao fato de que os cargos administrativos têm sido tradicionalmente uma importante fonte de emprego feminino.
O levantamento conclui que os impactos socioeconômicos da IA generativa dependerão em grande parte de como sua difusão é gerenciada. A OIT defende a políticas que apoiem uma transição ordenada, justa e baseada em consultas. Os autores ressaltam que os "resultados da transição tecnológica não são pré-determinados. São os humanos que estão por trás da decisão de incorporar tais tecnologias e são os humanos que precisam guiar o processo de transição".
Publicado por Hilza Cordeiro | Foto: Freepik
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