Notas

12 Aug 2014

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Uma delegação do bloco afro Olodum esteve desenvolvendo uma verdadeira agenda de diplomacia político-cultural na Etiópia. O grupo, que chegou no dia 03 de agosto ao país, foi recepcionado na noite da última quinta-feira (07) no Hotel Sheraton Adis-Abeba, na Etiópia, pelo Presidente do Parlamento Etíope, equivalente ao Congresso Nacional Brasileiro, o senador Kassa Tekleberhan.

Estavam presentes no encontro, o presidente do grupo baiano João Jorge Rodrigues, acompanhado do vice-presidente, Marcelo Gentil, da coordenadora do carnaval do Bloco, Cristina Calacio, e do conselheiro do Olodum e editor-chefe do site Correio Nagô, Paulo Rogério Nunes. Na reunião, estava presente também, a embaixadora do Brasil na Etiópia, Izabel Cristina de Azevedo Heyvaert.

Depois de discutirem sobre como o Bloco Olodum homenageará o país no carnaval de 2015, com o tema Etiópia, a Cruz de Laliberla e o Pagador de Promessas, os participantes trataram das possibilidades e alternativas para que brasileiros e etíopes, em parceria com os respectivos governos, ou da sociedade civil, desenvolvam um vigoroso programa de intercâmbio e cooperação entre os dois povos.

O presidente do parlamento etíope e também a embaixadora brasileira comprometeram-se em estudar a possibilidade de criar programas de intercâmbio entre Universidades dos dois países, para que universidades etíopes recebam professores e estudantes brasileiros possam ir ao país do leste africano por um período determinado para pesquisas de temas de interesse mútuo além do estudo da língua inglesa. Em contrapartida, universidades brasileiras receberão jovens etíopes.

Na reunião, houve a sugestão do diálogo com a Universidade de Brasília, Universidade do Estado da Bahia e Universidade Internacional Nélson Mandela, no Ceará como potenciais parceiros brasileiros para a execução de um futuro programa. A embaixadora Isabel será a interlocutora governamental brasileira para tentar viabilizar o protocolo que também terá ações em outros campos.

O grupo tratou também sobre o desenvolvimento de programas de intercâmbio esportivo, beneficiando futebol e atletismo, modalidades em que cada um dos países tem as suas expertises e reconhecimento em competições internacionais. No campo sócio-educativo trataram da possibilidade de a Escola do Olodum fazer transferência de sua tecnologia social para que o terceiro setor da Etiópia desenvolva trabalhos com a sua população jovem que, de certa foram, tem problemas semelhantes aos dos brasileiros.



Fotos: Divulgação.