Não por acaso, o Cortejo Afro, entidade criada por Alberto Pitta, tem sua data de fundação em 2 de julho – marco da Independência da Bahia – de 1998, no coração do bairro de Pirajá. Nasceu como símbolo de afirmação da cultura afro, da independência tão requerida pela população negra. De lá, ultrapassou os limites do terreiro de candomblé que foi seu berço e faz, a cada ano, a síntese entre as artes em seus aguardados ensaios. É música, teatro, dança, moda, numa bailar visceral, que atrai gente de todo mundo.
Como já noticiado pelo Alô Alô Bahia, os ensaios esse ano começam mais cedo, e em nova casa – o Espaço Barra 33, para uma temporada em outubro. Mas calma, isso é só um esquente. No verão, o Cortejo volta para sua casa, o Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho.
E com os famosos versos “Quem é ateu e viu milagres como eu, sabe que os deuses sem Deus não cessam de brotar, nem cansam de esperar...”, de Milagres do Povo – seu tema para o Carnaval 2018 -, o bloco vai homenagear Caetano Veloso. “Depois de agraciar Gilberto Gil no último carnaval, nada mais natural do que cortejar Caetano na folia do ano que vem”, nos disse Pitta.
Foto: Tiago Lima. Siga o insta
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