26 Feb 2024
Justiça homologa pedido de recuperação judicial da Americanas
De acordo com o plano aprovado e homologado, a Americanas divulgará comunicados aos credores e ao mercado a respeito dos prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial. Titular da 4ª Vara, Paulo Assed Estefan rejeitou as objeções feitas por credores ao plano, que prevê um aumento de capital de R$ 24 bilhões, a ser concluído até junho.
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Os prazos relativos ao processo passam a contar a partir da publicação da decisão pelo Diário Oficial do Estado do Rio, o que a Americanas espera que aconteça ainda nesta semana. Em nota, a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Camille Loyo Faria, explica que a companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o assunto.
A varejista solicitou o pedido de recuperação judicial no começo de 2023, logo após revelar um déficit contábil de mais de R$ 20 bilhões. Na ocasião, o caso ficou conhecido como um dos maiores escândalos corporativos já ocorridos no Brasil. A dívida da Americanas a ser reestruturada é estimada em R$ 50 bilhões.
No entanto, o grupo divulgou, nesta segunda-feira (26) seu balanço referente aos primeiros nove meses de 2023. E o desempenho financeiro continua negativo. Entre janeiro e setembro do ano passado, a varejista registrou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões. O dado representa uma queda de 23,5% em relação ao prejuízo líquido de R$ 6,02 bilhões nos nove primeiros meses de 2022. As ações AMER3 chegaram a ter a negociação interrompida às 12h14 (horário de Brasília) desta segunda-feira (26) pela iminência do fato relevante sobre o tema.
O balanço da companhia foi divulgado de forma atrasada, já que as divulgações foram suspensas após o escândalo contábil. Em novembro do ano passado, a Americanas divulgou dados de 2022, contabilizando um prejuízo de R$ 12 bilhões ao longo daquele ano. Em 2021, após uma revisão de dados, a companhia reportou prejuízo de R$ 6 bilhões.
* Por Perla Ribeiro. Foto: Gustavo Lacerda/Reprodução via Exame.
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