Voo transatlântico 100% à base de combustível sustentável decola no Reino Unido: 'marco importante'

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O primeiro voo transatlântico de um avião comercial totalmente movido a combustível de aviação "sustentável" decolou do aeroporto de Londres, nesta terça-feira (28). O voo da Virgin Atlantic, parcialmente financiado pelo Reino Unido, foi celebrado pela indústria da aviação e pelas autoridades como uma prova do potencial real de redução significativa das emissões de carbono, apesar do ceticismo de cientistas e grupos ambientalistas.

Anteriormente, companhias aéreas já haviam voado com uma mistura de até 50% de combustíveis alternativos, chamados Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF, na sigla em inglês). O voo desta semana, o VS100, operou sem passageiros pagantes, com combustível feito principalmente de sebo e outros resíduos.

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"O voo 100% movido a SAF mostra como podemos descarbonizar o transporte agora e no futuro, reduzindo as emissões em 70% e inspirando a próxima geração de soluções", celebrou Mark Harper, secretário de Transportes, a bordo da aeronave. Já para o primeiro-ministro Rishi Sunak, o voo foi "um marco importante para tornar as viagens aéreas mais ecológicas e descarbonizar nossos céus".

Apesar de verem o SAF como uma opção para reduzir as emissões de poluentes, as companhias aéreas sabem que a disponibilidade do combustível atualmente é menos de um milésimo do volume total de combustível de aviação usado em todo o mundo. "Simplesmente, não há SAF suficiente e está claro que, para chegar à produção em escala, precisamos ver significativamente mais investimentos", destacou Shai Weiss, presidente-executivo da Virgin Atlantic, para quem a SAF é "a única solução viável para descarbonizar a aviação de longo curso". 

Entre os investimentos futuros, no Reino Unido, está a construção de cinco plantas comerciais para produzir SAF, que devem ficar prontas até 2025. O combustível usado nesta terça-feira (28) foi importado dos Estados Unidos e da União Europeia.

* Por José Mion, com informações do The Guardian. Foto: Bloomberg/Getty Images via The Guardian.

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