Vida, obra e personagens de Dias Gomes ocupam o Itaú Cultural

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No dia em que Alfredo de Freitas Dias Gomes (1922-1999) completaria 100 anos, em 19 de outubro, o Itaú Cultural estica o tapete vermelho no segundo piso de seu prédio e inaugura a Ocupação Dias Gomes – para o público, estará aberta a partir do dia 20. Entre cerca de 170 itens e dividida em oito núcleos, ela revela o dramaturgo por inteiro.

A mostra, que permanece em cartaz até 15 de janeiro de 2023, percorre de suas origens, quando nasceu em Salvador, na Bahia, aos caminhos trilhados para se tornar um dos principais romancistas e autores de telenovelas do país. O posto lhe valeu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL).

A pesquisa, concepção, curadoria e realização é da equipe do Itaú Cultural, composta pelos Núcleos de Artes Cênicas, Música e Literatura e de Audiovisual. Em uma parceria da instituição com a Rede Globo e graças aos arquivos de sua família estão ali mostradas cerca de 50 fotos e 10 vídeos com depoimentos de artistas, entrevistas dele próprio, trechos das novelas, textos de pesquisa, de ópera, de peças, roteiros e adaptações – alguns originais –, bilhetes e cartas de amigos, como Jorge Amado e Ferreira Gullar, mensagens de telespectadores sugerindo o destino dos personagens da telenovela do momento, pôsteres, programas e seu indefectível fardão da Academia.  

Há também jogos interativos e a possibilidade de tirar fotos de um voo figurado, em uma experiência de ilusão de ótica, com asas semelhantes às de João Gibão, personagem de Saramandaia. O site da instituição dedica um hotsite à mostra em www.itaucultural.org.br/ocupacao-ic. A Itaú Cultural Play exibe O Pagador de Promessas, a partir de 19 de outubro, dentro da prateleira Histórias do cinema brasileiro disponível na plataforma que pode ser acessada em www.itauculturalplay.com.br.

Em novembro, será apresentada, na Sala Itaú Cultural, uma série de leituras dramáticas sobre textos teatrais de Dias Gomes (saiba mais abaixo). Ainda, programação educativa, presencial e on-line, e recursos de acessibilidade ampliam o alcance sobre a exposição e seu homenageado.

Mesmo aqueles que sequer haviam nascido na época de novelas da TV como O bem-amado, Roque Santeiro e Saramandaia, trazem em seu DNA a memória de Odorico Paraguaçu (Paulo Grancido, o pai) e seu palavreado absurdamente rebuscado; do barulhinho inconfundível, parecido ao de uma cascavel, que faziam as pulseiras e o relógio de Sinhozinho Malta (Lima Duarte); ou das asas de João Gibão (Juca de Oliveira), entre outros. Intrinsecamente ligados ao seu criador, eles e seus companheiros de diferentes tramas também têm espaço garantido na exposição.
 

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