Vacina de Oxford imuniza contra a variante de covid-19 identificada em Manaus, aponta pesquisa

A vacina de Oxford produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, que no Brasil está sendo produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, é eficaz contra a variante do novo coronavírus identificada inicialmente em Manau. A confirmação é da coordenadora dos centros de pesquisa da vacina de Oxford no Brasil e diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena, a médica carioca Sue Ann Costa Clemens.  

A declaração se baseia em pesquisa que ainda não foi revisada por outros cientistas e nem publicada em revista, mas está disponível online. O estudo contou com a colaboração de pesquisadores da Fiocruz Amazônia e do Instituto Oswaldo Cruz.

De acordo com  Sue Ann, os pesquisadores esperavam que a variante a se comportasse como a identificada na África do Sul, mas “testes indicaram que ela tem comportamento semelhante à britânica, em que há, sim, impacto na neutralização [do novo coronavírus]”. No mês passado, a Universidade de Oxford já havia anunciado que a vacina é eficaz contra a variante do Reino Unido. A médica observa que a eficácia fica acima dos 70% nos casos leves e chega a 100% quando se trata de casos graves e hospitalização.

O trabalho avaliou a capacidade da cepa identificada no Amazonas de escapar de anticorpos, não somente os induzidos por vacinas, mas também do soro de convalescente (anticorpos gerados por quem teve a infecção há mais tempo), e os chamados anticorpos monoclonais, que são um tipo de remédio biológico. 

 

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