Tombado pelo Iphan, casarão onde funcionava antigo Hotel Colombo desaba em Cachoeira

Com informações do Correio24Horas

O casarão onde funcionava o antigo Hotel Colombo, no centro de Cachoeira, no Recôncavo baiano, desabou nesse domingo (18). Os escombros atingiram um carro que estava estacionado próximo ao hotel. O casarão faz parte do conjunto tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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Segundo a prefeitura de Cachoeira, os proprietários já haviam sido notificados sobre os riscos iminentes de desabamento. "Diante dessa ocorrência, a Prefeitura de Cachoeira tomou todas as medidas necessárias, acionando os órgãos competentes como Coelba, Defesa Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, SAMU, entre outros, para lidar com a situação da forma mais eficiente e segura possível", diz a nota da prefeitura.

O local do desabamento foi isolado. "Pedimos encarecidamente que a área do desabamento seja respeitada e isolada, a fim de garantir a segurança de todos os cidadãos e profissionais envolvidos no processo de avaliação e assistência. Contamos com a colaboração de todos nesse momento delicado", finaliza a prefeitura.
 
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Em 2019, parte do casarão desabou, na parte dos fundos. Reportagem do mesmo ano feita pelo jornal Correio, parceiro do Alô Alô Bahia, mostrou a história da disputa pelo casarão, que já foi cogitado para a instalação do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Retrospectiva

O Hotel Colombo foi inaugurado por um espanhol de Pontevedra, Aurélio Bouzas, que chegou a Cachoeira nos anos 1930. O negócio prosperou até 1972, quando o fundador morreu e foi definhando até, literalmente, cair há 5 anos, no Verão de 2019. O incidente expôs a briga pelo imóvel, que teria sido iniciada em 2014, quando a Prefeitura de Cachoeira o desapropriou para uso público do sobrado. 
 
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A intenção era usar o prédio para instalação do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O valor da reforma, no entanto, seria maior do que o esperado e a proposta do campus ficou restrita à especulação. Depois de pagar R$ 58 mil, a Prefeitura desistiu da ação em novembro de 2016. E, em maio de 2018, a tutela legal do sobrado voltou para o antigo proprietário, advogado por formação e ex-funcionário público nascido e criado em Cachoeira. 

Na boca dos conterrâneos, o homem tranquilo e determinado coleciona compra de casarões desde 1990, pela possibilidade de especulação imobiliária. Conta-se que ele faz parte de um problema social de Cachoeira: o problema de herança. "Os imóveis que estão caindo são pertencentes a herdeiros. Nenhum herdeiro quer preservar, quer ganhar uma fatia do que esses imóveis valem", diz, sob anonimato, um amigo da família dona do imóvel. Com isso, o Colombo ficou entregue à própria sorte.

* Publicado e adaptado por José Mion. Fotos: Larissa Baracho/TV Aratu, Reprodução/Redes Sociais e Acervo Iphan.

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