Todos os detalhes da apresentação de Calinhos Brown na reabertura da Concha

Foi na década de 70 que Carlinhos Brown pisou pela primeira vez na Concha Acústica. Acompanhado da tia Alice dos Santos, assistiu a um espetáculo que reunia na mesma noite nomes como Raul Seixas, Waldir Serrão, Nelson Gonçalves e Jerry Adriani. Esses e tantos outros shows foram vistos pelos dois, que sempre andavam juntos, ao longo dos anos que frequentaram o local. Agora, em 2016, o artista baiano, já consagrado internacionalmente, retorna a um dos principais equipamentos culturais de Salvador para participar de um festival igualmente histórico, Eu Sou a Concha, que marca a reabertura do espaço que foi inaugurado em 1959. 
 
“Preparei para esta noite um show especial, que me apresento versionando canções. É um show para cantar! Quero surpreender com hits que produzi ao longo do tempo”, adianta Brown um pouco do que as pessoas assistirão na sua apresentação, no sábado (14), que terá – dentre as novidades – a participação de Lazzo Matumbi. Juntos, os artistas vão interpretar a canção Me Abraça e Me Beija, de autoria de Lazzo e de Gileno Feliz. Outro momento que merece destaque no concerto é a interpretação de Uma Brasileira – música que Brown compôs com o amigo Herbert Vianna. A canção, que se tornou um hit da MPB, foi lançada em um show dos Paralamas do Sucesso na Concha Acústica, em 1995, com a participação especial dele.


Eu quero a Concha! – Algumas das lembranças afetivas de Carlinhos Brown na Concha Acústica têm especial destaque para a concretização da sua carreira. Foi lá que, em 1988, estreou na Bahia como percussionista de Caetano Veloso. “Depois de rodar por seis meses pelo Brasil e pela Europa em uma turnê de Caetano, voltamos à Bahia. Foi minha estreia em casa com meu chefe. Meus amigos e minha família estavam todos lá! Por coincidência, era o ano que Gilberto Gil estava se candidatando a prefeito de Salvador. E eu pude expor as minhas latas e, em algum momento, pelo carinho que eu tenho por Gil e pelo tropicalismo, tirei a camisa e disse: Eu quero Gil! E todos queriam, assim como queremos até hoje! Foi assim que fui ovacionado no show do chefe. Incrível e inesquecível”, lembra o artista. Hoje, é o momento de agradecer: “Obrigado Concha. Obrigado Caetano e obrigado Gil. Hoje eu digo eu sou Concha. Eu quero Concha!”.



Foto: Divulgação/ Henriqueta Alvarez. Siga o insta @sitealoalobahia. 

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