Terceiro turno: com agenda cheia, médicas baianas alteram rotina e ampliam horário de atendimento

Médica há 30 anos, a oncologista Clarissa Mathias divide seu tempo entre o NOB Oncoclínicas e o Hospital Santa Izabel. Referência na área em que atua, precisou aumentar a oferta de consultas para poder atender a demanda crescente de pacientes, criando o terceiro turno no Ambulatório do Instituto Bahiano de Câncer no HSI. “Foi preciso ampliar nosso horário para ajustar a demanda e manter o espaçamento [entre as consultas]”, explica.  
 
Hoje, os atendimentos começam às 7h30 e encerram às 19h, antes iam até às 17h. Com o aumento das consultas, a médica precisou mudar sua rotina fora do trabalho. “Reduzi drasticamente o número de viagens, mas mantive os exercícios e boa alimentação”, revela. 
Marianna
A rotina profissional da cardiologista Marianna Dracoulakis também tem sido intensa.“Trabalho todos os dias. Divido a minha rotina entre consultório, coordenação de UTI cardiológica, visita a pacientes internados, coordenação do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital da Bahia e atividades de ensino para alunos de graduação em Medicina na Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública. 
 
Médica há 18 anos, Marianna se viu em uma nova realidade dentro do trabalho com o início da pandemia. Ela precisou acrescentar teleconsultas à sua agenda. Feitas regularmente, foram inseridas à sua pauta porque era preciso atender a pacientes que estão em isolamento ou têm restrições para ida ao consultório. Já os que necessitam de consultas com urgência são encaixados rapidamente.  
 
Mesmo com os ajustes, quem precisa de consulta de rotina têm esperado um pouco mais em virtude da adequação dos horários para os pacientes com necessidades de urgência. Com a demanda intensa ao longo do dia, a médica precisou ajustar a agenda para dar atenção à família. “Sou casada e mãe de duas filhas, então meu tempo livre é dedicado a eles”, diz.  
Fabianna
A infectologista Fabianna Bahia é outra profissional que viu a pandemia intensificar a busca de pessoas por atendimento e, por conseguinte, a necessidade de ampliar o número de consultas. “Normalmente não atendia à noite, mas a procura aumentou muito e, hoje, faço consultas em todos os turnos: manhã, tarde e noite”, revela. 
 
Além da ampliação dos turnos em consultório, Fabianna inseriu a telemedicina em sua rotina de trabalho. “Faz com que possamos atender em horários diversos, conforme a necessidade do paciente”, explica a médica, que trabalha no Hospital das Clínicas, Hospital da Bahia e Hospital Espanhol.  
 
Como lida com muitas pessoas com Covid, ao ampliar e diversificar o atendimento, Fabianna acredita que ajuda a reduzir a fila de espera e, principalmente, a procura nas emergências de hospitais. “Muitas queixas conseguimos resolver com a consulta ambulatorial, além de esclarecer dúvidas que os pacientes e familiares”, avalia. 
 
O perfil dos pacientes que buscam pelas consultas em horários alternativos muda um pouco de uma especialista para outra, mas, no geral, são pessoas que trabalham o dia todo ou têm urgência para começar um tratamento. O valor das consultas não muda. É o mesmo das regulares. 

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Fotos: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

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