17 Nov 2023
Técnica de enfermagem baiana é destaque em publicação que reúne histórias de profissionais da saúde de todo o país

Realizado pela CEC Brasil em parceria com o Conselho Federal de Enfermagem, 'Retratos do Cuidar' apresenta a trajetória de dezenas de profissionais de enfermagem que cuidam da saúde da população em todo o país, seja em pequenas clínicas no interior do país ou em movimentados setores de emergência das grandes capitais; em delicadas alas de atendimento infantil alimentadas pela esperança e em alas geriátricas sustentadas pela resiliência; em hangares de helicópteros e em salas de alta tecnologia.
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Conheça a história de Valquísia
Até os 29 Anos, a soteropolitana Valquísia Juciana de Oliveira nunca tinha pensado em entrar para a área de enfermagem. Era uma dona de casa que teve seu único filho, Mateus, hoje com 24 anos, a quem se dedicou exclusivamente nos primeiros cinco anos de maternidade. As suas perspectivas mudaram com o nascimento do sobrinho João Paulo, diagnosticado com síndrome de Edwards, uma rara doença genética que causa alterações físicas e mentais em fetos e bebês recém-nascidos. O acontecimento abalou a família e foi marcante para Valquísia, que o visitou internado diversas vezes no Hospital Irmã Dulce, antes de falecer com apenas 1 ano, 1 mês e 1 dia de vida.
Foi assim que Valquísia conheceu a instituição. Com o trágico ocorrido, ela tomou a decisão de ser técnica de enfermagem e, antes de se formar, enviou seu currículo para as Obras Sociais Irmã Dulce, onde foi admitida há 13 anos. Com a pandemia, foi realocada da área de agudos e crônicos para a pediatria, o que a princípio lhe causou receio devido às lembranças do sobrinho. Hoje, ela traz a sensibilidade como um dos principais pilares da sua atuação profissional.
“Só fica aqui quem se envolve de verdade. No curso de enfermagem a teoria faz tudo parecer uma casinha de bonecas, mas na prática é totalmente diferente. Por mais que no curso fale que não é para se envolver com a história do paciente, é o que mais acontece quando a gente abraça essas pessoas. Mas há também episódios alegres, quando os pacientes se recuperam e saem sorridentes pela porta do hospital. Aqui a gente trabalha porque realmente ama a profissão. E a instituição faz com que a gente seja assim. A essência de Irmã Dulce é amar e servir”, destaca.
* Por Luana Veiga. Foto: Roberto Setton.
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