TCA reúne artistas e especialistas em teste acústico para nova fase do projeto de reforma da Sala Principal

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A terceira etapa da reforma do Teatro Castro Alves, prevista para início do primeiro semestre de 2024, contempla o desempenho acústico do espaço e a modernização do palco da Sala Principal. Para validar a intervenção desta fase da reforma, o corpo técnico do TCA e profissionais de acústica realizaram testes, na manhã desta quarta-feira (29), na Sala Principal do teatro. A Orquestra Sinfônica da Bahia se apresentou para que convidados aferissem os desempenhos acústicos da sala. O trabalho contou ainda com a participação de artistas como Daniela Mercury e Lazzo Matumbi.

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Moacyr Gramacho, diretor-geral do TCA, explica que há duas formas de medir os parâmetros acústicos de uma sala. A primeira foi realizada há alguns meses, de forma técnica e digitalmente, para aferição de decibéis. A outra, chamada de escuta crítica ou escuta sensível, foi realizada nesta quarta (29), na presença de especialistas no momento de audição, a partir da plateia, durante a apresentação da OSBA.

Cada obra de execução nos traz algumas percepções de graves, agudos, um pouco de reverber. Eu fiquei feliz porque eu fui lá para a fileira Z e tive uma percepção da sala melhor do que ouvindo lá embaixo, onde normalmente eu assisto, fui para a Tribuna de Honra, mudei de lugar algumas vezes e fiz minhas anotações, tentando contribuir da melhor maneira possível”, conta Daniela Mercury.

Já o cantor Lazzo Matumbi, que tem vivências como espectador e também como artista do espaço, revela sua ansiedade para estrear no novo palco. “Como ouvinte, ela nunca me decepcionou. Sempre foi uma sala muito boa, que responde muito bem. Como atuante, melhor ainda, porque você tem uma acústica lá no palco que nos dá uma tranquilidade muito boa. Se agora, nesse momento, ela já está boa e pretendem melhorar, eu só posso dizer que eu estou ansioso, esperando essa hora chegar para estrear e dizer: ficou melhor do que o que a gente tinha”, pontua

Análise e avaliação

Todos os convidados receberam um formulário para avaliar critérios a cada execução da Orquestra, que apresentou cinco peças. Os especialistas foram orientados a alternar seus assentos, a cada execução, registrando suas percepções quanto à clareza, reverberância, envolvimento, intimidade, volume natural da sala, balanço, ruídos de fundo, inteligibilidade e impressão geral. As anotações também deveriam registrar a presença de eco e som de pássaro.

Para definir o projeto, precisamos relacionar os dados que a gente está medindo às informações de como as pessoas escutam, aferir o dado medido com o mundo real das pessoas, porque ninguém fala o tempo todo em decibel ou em milissegundo. As pessoas falam se o som estava bom, se o som embolou, se estava ruim. A ideia é tentar entender essas reações, cruzar com números para ter uma visão mais ampla”, explicou José Augusto Nepomuceno, arquiteto responsável pela empresa contratada para elaborar o projeto de reforma do TCA..
 
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* Por Luana Veiga. Foto: Rafael Martins/GOVBA.

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