14 Jul 2022
Tatti Moreno deixa um legado de arte e beleza pelas ruas de Salvador

Assim como outros grandes artistas que mostram que a Bahia já deu e ainda dá “muita régua e compasso” para o Brasil (parafreaseando Gilberto Gil em “Aquele Abraço”), Tatti Moreno deve ser considerado um dos patrimônios históricos de Salvador, juntamente com suas obras que tanto embelezam quanto marcam a personalidade cultural da cidade.
Infelizmente, o artista plástico faleceu aos 77 anos na última quarta-feira (13), em consequência de um câncer no fígado. Ele estava em casa com a família e seu corpo foi enterrado na manhã desta quinta-feira (14) no cemitério Jardim da Saudade.
O soteropolitano Octavio de Castro Moreno Filho, conhecido artística e carinhosamente como Tatti, já moldava bonecos com materiais como arame e cola desde criança. A formação acadêmica não poderia ser em outro lugar se não na Escola da Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde passou a utilizar latão, aço inoxidável e alumínio em suas obras.
As gigantes e belíssimas esculturas do orixás que flutuam nas águas do Dique do Tororó desde 1998 e são referência para baianos e turistas que visitam Salvador foram feitas por Tatti Moreno, assim como as estátuas de Jorge Amado e Zélia Gattai sentados no banco do Largo da Mariquita e a Iemanjá no largo de Cira, no Rio Vermelho.
Isso sem falar no Monumento Mãe Stella De Oxóssi, feito para homenagear a Ialorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá na avenida que leva seu nome, em Stella Maris, só para citar algumas das suas peças mais famosas que são vistas no dia a dia da cidade.
As obras de Tatti Moreno rodaram o mundo em exposições na França, Holanda e Portugal e estão presentes em outras cidades brasileiras como Brasília e São Paulo. Sua obra será sempre vista e reverenciada pela mistura entre simplicidade, sofisticação, cultura, fé e beleza.
Foto: Reprodução/Correio da Bahia: Marina Silva/Reprodução. Siga a gente no Instagram @sitealoalobahia e no Twitter @aloalo_bahia.