19 Nov 2021
Sob regência do maestro Carlos Prazeres, OSBA retoma apresentações presenciais
Carlos tem sido incansável no estudo e na criação de projetos que apresentem a música clássica de uma forma inovadora. Sua linguagem artística investe na formação de plateia e no diálogo com as pautas atuais, com a música popular, com o audiovisual e com as mídias sociais. A orquestra, hoje, conseguiu conquistar o coração dos jovens, que se identificaram com o formato inovador e descontraído de eventos como os Saraus, o Cine Concerto, o Futurível, além da série Mãe Menininha do Gantois - o primeiro experimento sensorial da orquestra. Nos concertos da série, foram utilizadas essências que ativaram o olfato do público e os programas foram feitos com material ecológico e texturizado, o que ressaltou o tato e a sustentabilidade. Os projetos apostam na mistura de linguagens artísticas no palco, no humor, no estímulo à interação com a plateia e na valorização de artistas e tradições culturais locais, tais como o grupo percussivo Rum Alagbê, Márcia Short, Lazzo Matumbi (terreiro de mãe menininha do Gantois). Investem também em compositores clássicos históricos da Bahia, que vão desde os imortais Domingos da Rocha Mussurunga ou Damião Barbosa de Araújo, até os dias de hoje, com Paulo Lima, Wellington Gomes, entre outros. Tudo isso gera um sentimento único de identificação local. Aliás, pela primeira vez as religiões de matriz africana entram de forma simbólica no espaço de apresentação de uma orquestra, o que mostra a busca pela inclusão e diversidade na música de concerto.
Fotos: Gabrielle Guido. Siga o insta @sitelaoalobahia.