Sindicato dos Bancários da Bahia protesta contra demissões em massa no Banco do Brasil

Em um ato contra o que classifica como desmonte do Banco do Brasil, em curso através da reestruturação anunciada pela direção da empresa que vai dispensar 5 mil funcionários, o Sindicato dos Bancários da Bahia promoveu protesto, nesta terça-feira (12), na agência da Avenida Sete de Setembro, em Salvador. 

O plano do governo Bolsonaro, anunciado na véspera, é fechar agências e outras unidades, além de um PDV (Plano de Demissões Voluntários) com milhares de desligamentos.

Na reestruturação também estão previstas as mudanças em 870 pontos de atendimento através do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Além disso, a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, relocalização e 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios. 

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, falou como a atuação do BB reflete diretamente na vida da população, como o preço do alimento. Deu como exemplo o Pronaf. Através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o banco oferece taxas de crédito bem mais baratas. 

Durante a manifestação, os diretores do SBBA alertaram que o PDV prevê duas modalidades de desligamento. Será o PAQ (Programa de Adequação de Quadros), pois a direção do BB considera excessos nas unidades, e o PDE (Programa de Desligamento Extraordinário), destinado a todos os funcionários que atenderem aos pré-requisitos. O BB ainda pretende mudar o atual modelo e remuneração dos caixas executivos, que perderiam a gratificação permanente para ganhar a uma proporcional apenas aos dias de atuação, se houver.

Vasconcelos, que é vereador da capital, ainda fez um alerta para outro ponto negativo do desmonte. “Toda vez que isso acontece, está em curso demissão. Fechamento de agências implica na demissão de vigilantes, copeiras, telefonistas, estagiários, limpeza, bancários, aprendizes e todos os segmentos acabam sendo penalizados. Além disso, quando se fecha uma agência do Banco do Brasil, sobretudo no interior, acaba impactando em toda economia local”, afirmou o líder sindical.

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