Série com diretor baiano alcança feito inédito no Festival de Gramado; entenda

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A série "Cangaço Novo", que estreia de vez no Prime Video na próxima sexta-feira (18), alcançou um feito inédito e terá seu primeiro episódio apresentado, às 20h desta segunda-feira (14), no Festival de Cinema de Gramado.

A produção, dirigida pelo baiano Aly Muritiba e por Fábio Mendonça, é a primeira série de ficção a ter uma sessão no evento e conta o drama dos Vaqueiro, família formada em meio à evolução da violência no sertão nordestino nas duas últimas décadas e meia.

Segundo Muritiba, o ineditismo faz sentido, já que, por mais que tenha tudo para conquistar o espectador do streaming, a série "implora" também pela tela grande. "A câmera quase respira, como se o público fosse um bandido nervoso ou um morador refém nas cenas das cidades tomadas pelos bandos", explica o diretor, em entrevista ao jornal O Globo.

De acordo com ele, que dirigiu "Desejo Espetacular", candidato brasileiro ao Oscar em 2022, a estética naturalista, com mais cara de cinema e menos de TV, é uma das qualidades da série, sem grandes efeitos. "Passamos ao largo da espetacularização do cinema americano", resume.

A história, muito além de resgatar o fenômeno do "novo cangaço", que se referia a quadrilhas violentas que faziam roubos cinematográficos em pequenas cidades do Nordeste na década de 1990, revela a trajetória de Ubaldo, que, após ser exonerado do Exército e perder o trabalho como bancário em São Paulo, tendo que arcar com os custos do tratamento de saúde do pai adotivo, em estado terminal, descobre uma herança no interior do Ceará.

Lá, descobre duas irmãs, uma delas a única mulher num bando de 15 criminosos assaltantes de bancos. Neste contexto, é apresentado à história de seu pai biológico, um misto de Lampião e Padro Cícero, idolatrado na cidade fictícia de Cratará. E é claro que a volta de um de seus filhos mexe com o interesse de muitos, inclusive poderosos.

O filme, em alguns momentos, homenageia "Sertânia", filme de despedida do também baiano Geraldo Sarno, falecido em fevereiro de 2022, por conta de complicações da Covid e que, recentemente, ganhou retrospectiva inédita em São Paulo.

Com elenco quase todo nordestino, o filme teve cenas filmadas em seis cidades do Seridó e do Cariri potiguar e paraibano. "Queríamos ter o Nordeste em tudo", defende Mendonça, que escolheu o recifense Allan de Sousa Lima como protagonista.

* Por José Mion, com informações de O Globo. Foto: Divulgação/Victor Juca.

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