Semana de 4 dias de trabalho começa em setembro no Brasil; veja lista de empresas participantes

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A primeira leva de empresas inscritas no programa-piloto que busca implantar a semana de quatro dias de trabalho no Brasil vai passar por um teste a partir desta quinta-feira (1º).

As companhias se inscreveram para o experimento em agosto. Em setembro, tem início um treinamento para a implementação, que dura alguns meses. O teste começa apenas em dezembro ou janeiro, a depender da empresa.

O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.

A iniciativa, que começou em 2019 na Nova Zelândia, ganhou força na pandemia de Covid-19 e se espalhou por países de Europa, África e América do Norte, está sob a gestão do movimento “4-Day Week”, comunidade sem fins lucrativos que conta com o apoio da Reconnect Hapiness at Work para a realização do experimento no Brasil.

As empresas já inscritas no programa são de diferentes ramos. Veja:
  • Editora MOL
  • Smart Duo
  • T4S – Thanks for Sharing Comunicação
  • GR ASSESSORIA CONTABIL
  • Brasil dos Parafusos
  • Abaeterno
  • Plonge
  • Haze Shift Consultoria
  • Oxygen Experiências, Capacitação e Conteúdo em Inovação
  • Alimentare Nutrição e Serviços
  • PiU Comunica
  • Innuvem
  • Inspira
  • Clementino e Teixeira Advocacia
  • Hospital Indianópolis

Segundo o movimento “4-Day Week” já são quase 500 companhias pelo mundo testando a modalidade de jornada em que o profissional continua recebendo 100% do salário, mas trabalha 80% do tempo e, em troca, se compromete a manter 100% de produtividade. É por isso que o modelo ficou conhecido como 100-80-100.

O desafio não se restringirá apenas às leis trabalhistas locais, acentua Gabriela Brasil, diretora do “4-Day Week Global”. “A cultura do presenteísmo é muito grande por aqui, não só por parte das empresas como também dos funcionários”, salientou em entrevista ao InfoMoney.

Para funcionar, a iniciativa precisará de comunicação ampla e adesão total das lideranças, reforça a diretora. “Tudo isso vai garantir maior confiança por parte dos trabalhadores, que sentirão seguros dentro do novo modelo”.

Como será?
Cada empresa participante decidirá como vai implantar o programa e quantos departamentos entrarão na fase do projeto-piloto. Com a ajuda da “4-Day Week Global”, as companhias iniciarão, em 5 de setembro, as primeiras reuniões. Na ocasião, serão apresentados os conceitos e os passos essenciais para entrada ao projeto.

A adaptação levará três meses, para que sejam redesenhados processos de trabalho, segundo a fundadora da Reconnect, Renata Rivetti. “Tudo tem de ser feito com muito cuidado porque não queremos só propor redução de carga de trabalho, mas sim um novo modelo de negócios, que inclui resultados”, afirma a executiva.


*Publicado por N.R. Foto: ​Unsplash/Alex Kotliarskyi.

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