28 Jun 2023
Saúde e bem-estar: Animais ajudam pacientes a lutarem contra depressão e ansiedade

“Os animais acionam neuroreceptores que liberam substâncias químicas que atuam diretamente no cérebro, retardando o declínio cognitivo, além de proporcionar sensação de bem-estar e relaxamento. Também melhora o humor, devido a produção de hormônios nos humanos como a serotonina”, explicou o médico veterinário, especialista em Clínicas de Pequenos Animais, Alex Gonçalves. Ele acrescenta ainda que o contato com os pets pode ajudar na redução dos níveis de cortisol, hormônio que atua no controle do estresse, e, consequentemente, o que contribui para a melhora dos níveis de ansiedade, proporcionando sensação de acolhimento, afeto e atenção. Além disso, o cuidar do animal faz com que o paciente desenvolva rotinas e também interação com outros indivíduos, o que também auxilia no processo de recuperação.
Estudos recentes mostram que a Terapia Assistida por Animais, como os cães, gatos, cavalos, peixes e tartarugas é usada em crianças com algum nível de deficiência, com autismo e também nas Unidades de Tratamento Intensivos. “Não existe necessariamente uma espécie animal que vai estimular o cérebro, embora os mais prevalentes nas terapias sejam o cachorro, gato e o cavalo”, disse o médico veterinário.
Estes estímulos acontecem através do toque físico direto no corpo do animal, informa Alex Gonçalves, que também é professor do curso de Medicina Veterinária da Rede UniFTC. “Os profissionais de fisioterapia usam técnicas para impulsos neurosensoriais, motores e físicos. No caso dos cavalos, para pacientes com deficiência motora, o calvagar ajuda na postura e no estímulo sensorial”, completou.
No meio científico, já existem muitas pesquisas que mostram os benefícios dessa relação tanto para crianças com síndromes variadas, deficientes físicos e visuais, pessoas com dificuldade de relação com outros indivíduos, além do processo de bem-estar dos idosos.
“Em contato com os humanos, os animais estimulam a liberação de hormônios importantes para retardar processos de demência, além de gerar conforto físico, mental e social, uma vez que os tutores se sentem acolhidos dentro das suas restrições e isso os tornam mais felizes”, concluiu.
* Por Luana Veiga. Foto: Shutterstock.
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