Salvador terá equipamento inédito para reabilitação de crianças com mobilidade reduzida

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A Prefeitura de Salvador fechou um acordo de cooperação com o Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisia Cerebral para aquisição de quatro exoesqueletos infantis. Os equipamentos são inéditos no Brasil e serão utilizados para reabilitação em terapia e assistência do público atendido na unidade, que possui mobilidade reduzida em função de deficiências física e intelectual. O objetivo é desenvolver estudos para reabilitação especializada por meio dos exoesqueletos, com a participação de médicos, fisioterapeutas e nutricionistas, tornando a capital baiana um polo de referência pioneiro no uso da terapia robótica no âmbito do SUS

“Seremos a primeira cidade do Brasil a ter exoesqueletos que auxiliarão na locomoção de crianças com deficiência, em especial aquelas com paralisia cerebral, utilizando o que há de mais moderno. Há apenas 300 exoesqueletos no mundo, em 20 países. E nós, aqui em Salvador, teremos quatro deles. O investimento é de R$ 2,5 milhões”, destacou o prefeito Bruno Reis.

O exoesqueleto permite que pessoas com mobilidade reduzida recuperem ou melhorem sua capacidade de locomoção e realizem atividades diárias com maior independência, promovendo a inclusão social. O equipamento é utilizado em alguns países do mundo, beneficiando cidadãos com paralisia cerebral, mielomeningoceles/ espinhas bífidas, síndrome congênita do zika vírus, AVC infantil, síndrome de Rett, distrofias musculares, hemi e paraplegias. 

De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Paula Matos, a partir da aquisição dos equipamentos, Salvador vai construir pesquisa científica para que, no país, existam os protocolos de terapia da robótica com exoesqueletos, inclusive amparando a Anvisa na certificação desses dispositivos. “Com isso, milhares de crianças serão beneficiadas. Isso aqui é revolucionário. A Prefeitura vai inaugurar ainda este ano a Escola de Saúde Pública, que vai ter um grupo de iniciação de pesquisa científica que vai aportar os R$2,5 milhões para aquisição dos quatro exoesqueletos”, reforçou a gestora.
 
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Pioneirismo - A criadora dos aparatos tecnológicos que serão trazidos para Salvador é a empresa canadense Trexo Robotics. O NACPC será a primeira entidade sem fins lucrativos a apresentá-los em território brasileiro. 

“O exoesqueleto é uma tecnologia inovadora que existe hoje em apenas 20 países, e a gente terá acesso aqui num centro em Salvador, que atende 515 crianças e jovens com deficiência física e intelectual. Acredito que esse é um momento revolucionário na história do processo da reabilitação no nosso município e dos centros de reabilitação da cidade”, afirmou Daniela Caribé, diretora do NACPC.


* Por Luana Veiga. Foto: Betto Jr.

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