Saiba quanto devem custar os primeiros ‘carros voadores’ fabricados no Brasil

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Em desenvolvimento pela brasileira Embraer, os ‘carros voadores’ (eVTOL) são parte de um projeto ousado e, aparentemente, caro, mas que caminha a passos largos para se tornar realidade em menos de cinco anos no país. 

De acordo com Paulo Cesar de Souza e Silva, que era presidente da Embraer na época em que o projeto do eVTOL foi criado, cada unidade dos veículos voadores terá que custar entre US$ 500 mil e US$ 600 mil dólares, para se tornar viável economicamente.

A intenção da empresa é que o carro voador (que na verdade funciona como um helicóptero elétrico com hélices diferentes que realiza pousos e decolagens mais suaves) seja um meio de transporte popular e bastante demandado, funcionado inicialmente como um táxi aéreo, mas depois assumindo, gradativamente, funções das mais variadas. 

“Hoje, a Embraer não tem recursos para fazer investimentos por conta própria como tinha no passado”, disse ele ao site Olhar Digital, sobre um dos empecilhos do momento.



E se a avaliação do momento econômico é incerta, os detalhes do projeto também não são muito claros, embora possa se tratar de uma questão estratégica. Sim, porque a Embraer divulga poucas informações sobre o eVTOL, mas, segundo o ex-presidente, o total do projeto deve custar cerca de US$ 300 milhões. 

Na avaliação do executivo, a companhia teria dificuldades para arcar sozinha com o montante, visto que sofre com a queda de pedidos de aviões por conta da crise no setor causada pela pandemia, além de estar se recuperando do fracassado acordo de venda de sua unidade comercial para a Boeing.

Mas, mesmo diante dos problemas, Souza e Silva diz acreditar ainda que a Embraer está preparada para ser uma das principais empresas desse mercado futuro. 

Primeiras vendas
Por meio da Eve, empresa independente criada pela Embraer para acelerar o desenvolvimento do ecossistema de mobilidade aérea urbana (UAM) no mundo, o Brasil tem estudado vários projetos nos últimos anos para criar uma a infraestrutura de táxi aéreo no País para o uso por eVTOLs. 

Por ora, os primeiros testes ocorrem em simulador, porém a ideia é que o produto final opere com o menor custo possível.

A primeira venda foi anunciada no dia 1º deste mês, para a Halo, empresa de táxi aéreo que atua nos Estados Unidos e Reino Unido. O acordo fechado envolve a produção de 200 aeronaves e o desenvolvimento de uma nova operação de eVTOL em ambos os países. 

Já no último dia 6, a Eve fechou mais uma parceria, dessa vez com a Helisul Aviation, uma operadora de helicópteros que atua na América do Sul. O pedido foi de até 50 eVTOLs. As duas encomendas têm prazo de entrega para 2026.

As duas novas parcerias somam-se a uma, mais antiga, com a Uber, que deu início ao projeto do eVTOL, com a criação da subsidiária EmbraerX. No ano passado, quando os veículos da Embraer foram anunciados, o aplicativo de transporte privado urbano tinha planos de iniciar as operações já em 2023, mas o prazo é considerado apertado por participantes do mercado e mais detalhes não foram divulgados.

A Embraer também confirmou que está em negociações para uma possível fusão da Eve com a empresa americana Zanite Acquisition. O anúncio que envolve a venda de 250 unidades da aeronave, inclusive, fez o papel da companhia liderar as altas do Ibovespa e encerrar a quinta-feira (10) com valorização de 15,61%.

A fusão no radar dos investidores também fez com que o valor de mercado da Eve chegasse próximo aos 2,5 bilhões de dólares, o que corresponde a cerca de 80% do valor atual da Embraer. Com informações do Olhar Digital.

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