Rui responde críticas de Bolsonaro sobre ICMS: ‘Quem privatizou a refinaria da Bahia, foi eu ou foi ele?’

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Após virar alvo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que criticou a ação judicial dos nove governadores do Nordeste contra a decisão de tabelar em 17% a arrecadação do ICMS, o governador Rui Costa (PT) respondeu os ataques do líder nacional, durante o desfile do Dois de Julho, em Salvador, neste sábado (2).

Elencando diversos aspectos que, segundo o petista, fazem de Bolsonaro o principal culpado pelo atual estado das coisas, desde a alta nos combustíveis até o problema da fome, Rui também subiu o tom e disse que o presidente – também presente em ato na capital baiana durante os festejos da Independência da Bahia – é um tipo de incompetente que só sabe culpar os outros pelos próprios erros.

“É tradição e história das pessoas que são incapazes, incompetentes, culpar os outros. Quem privatizou a refinaria da Bahia, foi eu ou foi ele? Quem desmontou a Petrobras, foi eu ou foi ele? Quem quebrou o país, foi ou foi ele? Quem hoje levou o povo brasileiro à fome? Foi eu foi ele? Quem disparou o preço dos alimentos, que o povo passa necessidade? Quem disparou o desemprego?”, iniciou Rui, em conversa com jornalistas acompanhada pelo Alô Alô Bahia.

Sem perder o fôlego, o governador – que acompanha o ex-presidente Lula, principal adversário de Bolsonaro na corrida presidencial – seguiu disparando sua metralhadora de críticas ao atual chefe do Executivo federal. “Ele quebrou o país. Ele é completamente incapaz de governar, e todas as pessoas que são incapazes tendem a viver culpando os outros. Essa é a prática dele, mas o povo brasileiro tá em contagem regressiva. Ele não só é incapaz, mas ele é desumano, ele é cruel, e a pandemia deixou claro essa natureza, e a qualidade do governo dele. É gente religiosa que pede barra de ouro, é presidente da Caixa que faz assédio moral nunca visto na história dessa instituição. Então, isso é a cara do governo dele. Então, isso fala por si só. Então, ele realmente está de um lado e eu estou muito distante dele, e estou do lado do povo baiano, do povo nordestino que conta as horas dele ir embora”, concluiu.

Segurança da festa
Sobre a presença dos quatro presidenciáveis na festa da Independência, Rui Costa confirmou que houve um reforço adicional de policiamento, não só pela presença dos candidatos, mas por ser um ano mais acirrado na disputa política de maneira geral. “Se fosse a presença um ano atrás, distante do período eleitoral, é uma coisa. No meio do clima já da disputa eleitoral é evidente que os ânimos ficam mais acirrados, então a preocupação é maior, e nós reforçamos aqui o licenciamento para evitar (qualquer problema e) que as torcidas fiquem apenas nos aplausos pra uma ou pra outra”, comentou. 

Política local
Questionado se ainda pretende enviar projetos importantes para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nessa reta final de mandato, diante do fato de que a Casa não terá recesso, o governador disse que tudo indica que passe a enviar apenas assuntos protocolares.

“Os que eu tinha de maior relevância foram enviados. Evidente, um detalhe ou outro, em função da conjuntura ou das novas legislaturas que surjam no âmbito federal, se tornam necessárias”, comentou.

 
Futuro pós-governo
Sobre seu futuro ao deixar o Governo do Estado, após oito anos, também não deu maiores detalhes, mas diz que quer continuar trabalhando para o povo da Bahia.

“Olha, ninguém é candidato a assessor. Você pode ser candidato a vereador, a prefeito, a governador, a deputado, mas a assessor você não pode ser candidato, e eu não sou candidato a nenhuma assessoria. Estou disposto a trabalhar, trabalhar. Eu repito sempre pra imprensa: 'eu gosto de trabalhar'. Tem gente que diz que trabalha por obrigação. Eu não, eu trabalho por prazer. Eu gosto de ser governador, eu gosto de trabalhar, gosto de cuidar das pessoas, e onde estiver trabalho para fazer eu estarei disposto”, concluiu.

Fotos: Elias Dantas/Alô Alô Bahia. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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