​Roteiristas de Hollywood decidem entrar em greve; saiba o que pode acontecer

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Roteiristas de cinema e televisão de Hollywood decidiram começar uma greve a partir desta terça-feira (2). A medida ocorre após negociações por aumentos salariais com estúdios de produção não terem sucesso. Diante da paralisação, a gravação de programas de TV e produção de filmes no país deve ser impactada. A última greve no setor, ocorrida há 15 anos, custou US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 10,5 bilhões) à economia da Califórnia.

Em 1988, a maior greve do sindicato durou cerca de 22 semanas (cerca de 150 dias) e causou em torno de US$ 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,5 bilhões) em prejuízos para a indústria. A realização de uma greve pelo Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, na sigla em inglês) foi aprovada no mês passado, caso as negociações com os estúdios como Walt Disney e Netflix fracassassem. Ao todo, são mais de 11 mil trabalhadores.

De imediato, a greve dos roteiristas deve impactar programas de TV que estão no ar nos Estados Unidos. Os primeiros afetados devem ser os talk-shows, como "Jimmy Kimmel Live" e "The Tonight Show with Jimmy Fallon", que podem recorrer a reprises. Já em relação ao cinema, o impacto deve ser menor. Isso porque os filmes demoram meses para ser produzidos e gravados e alguns já estão em fase de finalização.

Filmes e séries já foram afetados no passado

A greve iniciada em 2007 durou 100 dias e acabou apenas no ano seguinte, impactando diversos filmes e séries americanas, como Breaking Bad e até um filme da Liga da Justiça foi parar na gaveta.

Em comunicado emitido nos últimos dias, Associação de Escritores da América afirmou como "iniciou este processo com a intenção de fazer um acordo justo, mas as respostas dos estúdios foram totalmente insuficientes, dada a crise existencial que os escritores estão enfrentando." Na garantia mínima da temporada, que dura entre 10 e 52 semanas, os estúdios e serviços de streaming não concordaram com uma “taxa diária” para escritores.

Foto: Unsplash
 
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