Rio ganha aplicativo que mapeia terreiros e grupos de religiões de matrizes africanas

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Lançado há pouco mais de 2 meses com o objetivo de mapear a presença de terreiros de candomblé e umbanda, e também grupos religiosos de matriz africana, no Rio de Janeiro, a plataforma “Igbá – Heranças Ancestrais” já reúne cerca de 150 espaços e centenas de pessoas cadastrados. 

O aplicativo, que ainda permite o cadastramento de eventos, grupos de afoxé, capoeira, blocos afro e pontos de baianas de acarajé, tem como um dos objetivos de criar uma rede entre os seguidores de religiões de matrizes africanas no estado do Rio. 

O projeto foi liderado pela ialorixá Mãe Márcia D’Oxum, do terreiro Egbé Ilê Iyá Omidayê Axé Obalayó (dedicado aos Orixás Oxum, a Mãe da água do mundo, e Xangô, o Rei que nos traz alegrias), localizado no município de São Gonçalo.

A ialoríxa teve o apoio da sua filha Arethuza de D’Oyá e conseguiu lançar o app com recursos da Lei Aldir Blanc, promovido pela Secretaria estadual de Cultura e Economia Criativa.

Segundo o dado mais recente do IBGE (2010), apenas 2% da população brasileira segue religiões de matrizes africanas, no entanto, para Mãe Márcia D’Oxum, essa fatia é bem maior. Foi pensando nisso que surgiu a ideia do Igbá.

“Acreditamos que esse número seja muito maior. Sabemos que muitas pessoas acabam às vezes se escondendo ainda por medo de sofrer o racismo e a intolerância. Por isso, o aplicativo é também uma forma delas mostrarem quem realmente são”, disse Arethuza D’Oyá. 

Uma parceria com a Secretaria estadual de Turismo deve ajudar a divulgar a plataforma em hotéis, a fim de incentivar os turistas a acessarem os conteúdos (disponíveis também em inglês) e visitar os espaços. O app já está disponível para Android e iOS.

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