28 Apr 2023
“Respeito ao Centro Histórico”: ato reafirma demandas por segurança no Pelourinho

As ruas do Pelourinho que andavam esvaziadas se encheram, nesta sexta-feira (28), de empresários e colaboradores que trabalham na região e se reuniram para protestar. O ato, que teve concentração no Terreiro de Jesus e rodou as ruas principais, reafirmou demandas por segurança pública, reordenamento e cultura para o Centro Histórico.
Na semana passada, dois turistas romenos foram assaltados e agredidos enquanto passeavam pelo local. Na quinta-feira, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) anunciou que o Centro Histórico de Salvador vai receber 100 novos guardas municipais, 200 câmeras de vigilância, 10 viaturas e um nova base da Guarda Civil Municipal.
Para o reordenamento e agenda cultural, a gestão municipal também apresentou soluções e até um Distrito Cultural. O governo do estado anunciou, por sua vez, mais 30 policiais militares para a região, que foram incorporados ao 18° Batalhão (BPM/Centro Histórico). O protesto, porém, foi mantido para deixar exposto que as promessas serão cobradas.
"Dia 28 de abril vai ser a data comemorativa do renascimento do Pelourinho. Chegamos no fundo do poço, com muito sangue e sofrimento. [...] Depois dos anúncios, mais do que nunca a cobrança vai ser implacável. Gestão estadual e municipal não vão ter sossego", fala José Iglesias Garcia, empresário que é presidente da Associação Centro Histórico Empreendedor (Ache). A principal demanda é, sem dúvida, para a construção de um espaço com segurança no Pelô e na região. Alessandro Ferreira, empresário e dono de restaurante no Pelourinho, afirma que pedem apenas por mais atenção aos que tiram o pão de cada dia no Pelô. "O que a gente quer é um diálogo permanente para construir segurança e que as pessoas venham pra cá tranquilas. Que eles [prefeitura e governo] vistam a camisa e assumam essa luta conosco. As pessoas precisam ter paz no que é o cartão-postal da Bahia", afirma.
O policiamento ostensivo, no entanto, não é a única atividade de impacto para a área. Como a maioria dos roubos e furtos é realizada por menores de idade, Anderson Márcio Freitas, sócio proprietário da Panificadora Santo Antônio, acredita que faltam ações direcionadas a esse público que ultrapassem as apreensões.
"Guardadas as devidas proporções, o Santo Antônio também sofre o mesmo. São adolescentes reincidentes nessa prática. Falta política social aqui. O que estão fazendo nas escolas? O que fazem de política pelos jovens daqui? O problema é profundo e as respostas também precisam ser", fala o empresário, ressaltando que o protesto é de todo o Cento Histórico.
Leia a matéria completa no Jornal CORREIO.
Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia e o Twitter @AloAlo_Bahia.
Fotos: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO.