Queridinho dos baianos: museu que será palco de festa de Carnaval do Alô Alô Bahia recebe 300 mil visitantes por ano

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Da Avenida Contorno se avista a ladeira íngreme de pedras irregulares. Ao fim dela, é possível ver o Solar do Unhão, um conjunto arquitetônico construído ao longo de três séculos (XVII, XVIII e XIX) que é cartão postal de Salvador, famoso por ser palco de um dos mais belos pôr do sol da cidade. É lá que está o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), considerado o principal espaço para a arte moderna do estado e um dos mais importantes do país, por onde passa um público de, aproximadamente, 300 mil pessoas por ano. É o museu mais visitado pelos baianos. É também o lugar que o Alô Alô Bahia, maior portal social e empresarial do estado, vai promover sua festa que marca a abertura do Carnaval de Salvador. O evento será realizado no dia 30 de janeiro, a partir das 17h, na Praça Letieres Leite (Pátio Pôr do Sol) do MAM.

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O conjunto arquitetônico que abriga o MAM possui um solar colonial debruçado na Baía de Todos os Santos, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, que é uma construção barroca do século XVIII, galpões que abrigam oficinas de artes, um parque de esculturas que funciona como uma galeria a céu aberto e chafariz e painéis de azulejo português que recepcionam os visitantes logo na entrada do solar. Exposições de artistas visuais consagrados do Brasil e exterior movimentam as cinco salas expositivas do museu, inserindo definitivamente o MAM no circuito nacional de arte contemporânea.
 
Atualmente, o acervo do museu conta com cerca de 1800 obras. De acordo com a museóloga Sandra Regina Jesus, que foi responsável pelo acervo do MAM por mais de 15 anos, no decorrer dos 64 anos de existência do museu, houve uma preocupação em formar um acervo que representasse da melhor forma possível a arte produzida no Brasil e, especialmente, na Bahia.
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Por isso, entre as peças é possível encontrar obras dos mais expressivos artistas do período modernista da arte brasileira, como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Burle Marx, Jenner Augusto, Mário Cravo Júnior, Genaro de Carvalho e Carybé. "Além de variados artistas, também pode ser observada uma expressiva variedade de linguagens artísticas que seguem das tradicionais pinturas, desenhos, esculturas e gravuras, até as menos ortodoxas, como um caixão, vestígio performático de Jayme Figura", informa a museóloga.
 
O MAM é conhecido também por sediar eventos artísticos culturais de diferentes linguagens e possuir um programa permanente de ações educativas. Pessoas de, pelo menos, 80 bairros de Salvador e dezenas de caravanas do interior do estado visitaram o museu no último ano. Parte dos visitantes chegam ao local através do projeto Visitas Guiadas/MAM, ação gratuita que recepciona a população no local. Dentre os projetos com grande repercussão estão a ‘Jam no MAM’. Há ainda um Café, atualmente sob a concessão do Circuito de Cinema Saladearte.
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O Solar do Unhão passou a sediar o museu a partir de 1963. Antes disso, ele foi tombado, em 1943, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo adquirido e restaurado pelo governo da Bahia no início da década de 1960. A história do MAM se confunde com a presença e as experiências da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi na Bahia. Foi ela que concebeu e foi a primeira diretora do MAM-Bahia, de 1959 a 1963. Antes disso, o prédio traz consigo séculos de história. O terreno foi doado aos beneditinos no século XVI, depois serviu de residência, passando por algumas famílias, teve anos de decadência, chegando a sediar fábrica e só depois foi vendido ao estado.

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 Fotos: Lucas Assis e  Fernando Antônio / @fernandoantoniofotos.  ​

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