Projeto deve restaurar cerca de cinco milhões de itens documentais do acervo histórico de Salvador

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O Projeto de Restauração e Conservação do Acervo Histórico do Município de Salvador, promovido pela Prefeitura, através do consórcio Qualicopy/Acesso, deve restaurar e digitalizar cerca de cinco milhões de itens documentais. Com um investimento de R$7,1 milhões, “o trabalho consiste na triagem, higienização, restauração, conservação, digitalização, descrição arquivística e indexação de todo o acervo histórico do município, de 1642 aos dias atuais”, explica Ravel Pinheiro, gerente geral do projeto.

Segundo Pinheiro, a ação tem como objetivo “preservar a memória das informações e a gestão do conhecimento produzido ao longo desse tempo”. O material deve ser disponibilizado em formato online através de um site. Além disso, os documentos originais ficarão na Casa das Histórias de Salvador, que deve ser inaugurada ainda no segundo semestre deste ano.

Acervo – Restaurador de documentos responsável por chefiar a equipe técnica do projeto, o professor Eutrópio Bezerra ressalta o desafio e a relevância do trabalho.  “São documentos textuais de suma importância, que se encontravam em estágio avançado de deterioração, porque foram manuscritos com tinta ferrogálica (tinta feita com sais de ferro e ácidos tânicos de origem vegetal), além de mal armazenados, expostos à umidade e à temperatura elevada. Já trabalhei em muitos arquivos e, sem dúvida, se trata de um dos acervos mais preciosos da história, não só de Salvador, como de todo o Brasil”, conclui.
 
Dentro do escopo do acervo, que inclui atas da Câmara, leis e decretos municipais, cartas do Senado a Sua Majestade, provisões reais, Bezerra destaca as coleções especiais, como a de certidões de nascimento, casamento e óbito, bem como as escrituras de compra e venda de escravos.
 
Além dos documentos da administração pública municipal, o acervo histórico de Salvador ainda conta com um setor de arquivos impressos, com publicações governamentais, livros e periódicos sobre a capital baiana; e com um setor de arquivos audiovisuais, com documentos iconográficos e cartográficos, plantas, mapas, fotografias, partituras, filmes em rolo e VHS, CDs, negativos em vidro e cartões postais.


 

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