Pró-reitor da UFSB questiona pluralidade étnico-racial na televisão brasileira em novo livro

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Pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Richard Santos acaba de lançar, pela editora Telha, o livro "Mídia, colonialismo e imperialismo cultural". Na obra, o pioneiro do Rap nacional - conhecido anteriormente como Big Richard - e, hoje, Doutor em Ciências Sociais, debate a existência de uma hegemonia branca à frente dos veículos de comunicação, em especial, a televisão, no Brasil. 

No lançamento, o autor, responsável pela recente indicação do rapper Mano Brown ao título de doutor honoris causa da UFSB, reflete como a branquitude da televisão brasileira contribuiu na formação do imaginário nacional, reproduzindo modelo praticado nos Estados Unidos. 

"Esse meu percurso, que mistura o prático e o acadêmico, sendo um homem negro, de origem periférica, me fez compreender as nuances da indústria cultural e como ela impõe as imagens de controle sobre nossas presenças e limitam nossos corpos no espaço público que é a tela da televisão, e do vídeo de modo geral. Não foram poucas as vezes que me recusei a fazer papeis estereotipados nos grandes veículos em que tive a oportunidade de entrar", conta Richard.

"De modo geral, o Brasil está inserido no guarda-chuva de dominação dos Estados Unidos, é dependente econômica e culturalmente. É por isso que digo que não concluímos efetivamente nossa independência nacional e somos um país colonizado, com uma mídia igualmente colonizada, que gera o que chamo de imperialismo cultural. Esse imperialismo leva para aquele antigo dito popular de que ‘o brasileiro considera tudo o que vem do estrangeiro melhor do que o nacional’", avalia.

Com 256 páginas, o livro está à venda - R$ 59 - no site da Editora Telha.
 
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* Por José Mion. Fotos: Divulgação.

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