Primeiro diretor negro da Faculdade de Medicina é apresentado: 'iremos elevar a FMB'

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A Faculdade de Medicina da Bahia (FMB/UFBA) apresentou, nesta segunda-feira (14), sua nova diretoria. Pela primeira vez na história, uma pessoa negra ocupa o cargo de diretor, no caso, o médico e professor Antônio Alberto da Silva Lopes. Seu vice será Eduardo Borges dos Reis.

”Estou confiante de que, com a colaboração de todos, iremos elevar a Faculdade de Medicina da Bahia a outros patamares. Eu acredito que a nossa união resultará no crescimento da FMB e da Universidade, capacitando-nos para transformar nossos esforços e compromissos em benefícios para todos”, disse Antônio, em seu discurso, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia, no Canela, lotado.

O evento reuniu autoridades, familiares e movimentos sociais, incluindo movimentos negros expressivos, como o Movimento Negro Unificado da Bahia (MNU-BA), que aplaudiram de pé o professor Antônio Alberto, alvo de ataques racistas durante sua campanha para eleição.

“Antônio Alberto e eu sabemos da nossa primeira missão, que é reunificar a FMB. Vislumbramos que o professor Antônio Alberto seja uma esperança para a população negra, principalmente os jovens negros, [para mostrar] que existem outras possibilidades. Isso aumenta também a nossa responsabilidade. Toda essa simbologia tem que se concretizar, então vamos ocupar todos os espaços e propiciar oportunidades para essas populações”, prometeu o vice-diretor, Eduardo Borges, que fica no cargo até 2027, assim como Antônio.

Para o novo diretor, os planos já anunciados, entre eles a criação do Centro Internacional de Estudos e Pesquisa das Populações Negra e Indígena, são o início de um projeto de investimento na juventude, como ocorreu com ele e seus irmãos quando jovens, por seus pais. “Eles foram incansáveis ao nos ensinar e nos conduzir a não recuar nas adversidades e para nos tornar, através dos estudos universitários, em médicos, profissionais da tecnologia e da informação, advogados, engenheiros, professores, cientistas e doutores”, exaltou.

“Foram precisos 215 anos para termos um homem negro dirigindo a FMB. A consagração aqui se dá muito particularmente em relação à trajetória acadêmica de Antônio Alberto. Eu não tenho dúvida alguma do sucesso que a gestão do professor terá na universidade”, enfatizou o reitor da UFBA Paulo Cezar Miguez .

* Por José Mion, com informações do Correio. Foto: Paula Fróes/Correio.

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