5 Mar 2024
Preta Gil faz reflexão e diz que câncer foi ‘divisor de águas’ em sua vida
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A cantora @PretaGil participa pela primeira vez do #RodaViva!
— Roda Viva (@rodaviva) March 5, 2024
A convidada descreve a emoção de retornar ao Carnaval de Salvador após tratamento contra o câncer no ano passado.#PretaGilnoRodaViva pic.twitter.com/jbS4LolBDb
"Eu estava fazendo quimio e foi um divisor de águas. A energia da morte é de vida, se a gente morre é porque a gente viveu… O baque foi muito grande, então eu comecei a lidar com isso e hoje eu tenho menos medo da morte", destacou a artista.
"A questão pra mim é a liberdade! Eu quero usar biquíni, vou me privar porque tenho uma cicatriz?", declara @PretaGil no #RodaViva.
— Roda Viva (@rodaviva) March 5, 2024
A cantora fala ao programa como lida com as cicatrizes e as coloca em local de vitória.#PretaGilnoRodaViva pic.twitter.com/2XK7KTuns9
A artista esclareceu que não é como o pai, Gilberto Gil, que não tem medo da morte. No entanto, ela atingiu “uma calmaria” em relação ao assunto. “Não é uma coisa que me tira o sono. E eu cuido muito da minha saúde para que eu viva até quando Deus quiser… Mas a doença humaniza a morte, ela te aproxima muito e você faz uma desconstrução [sobre o tabu]”, declarou.
Após se recuperar do câncer, como @PretaGil enxerga as conversas que teve com seu pai, Gilberto Gil, a respeito da morte?
— Roda Viva (@rodaviva) March 5, 2024
"A energia da morte ela é de vida também, a gente só morre porque a gente vive", diz.#RodaViva pic.twitter.com/dZ0IMoQaci
"Eu ainda estava muito fragilizada e ele falava assim: 'se conecte com a natureza, a vida tem fim, a finitude..'. Ele falou um monte de coisa que, na hora, eu não entendi. Mas de uma maneira muito poética, humana e afetiva, ele falou sobre eu encarar a morte, a possibilidade de que a finitude poderia estar chegando pra mim. E que eu não tivesse medo, mas claro que fiquei apavorada. Mas naquelas noites muito difíceis em uma UTI, fui me conectando com a energia. A gente só morre porque vive", completou Preta.
Ela ainda reforçou a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer colorretal, assunto que ela classificou como tabu. “A gente fala pouco sobre câncer colorretal porque é um pouco tabu falar da região onde o câncer se dá. Eu sinto isso quando eu adoeci, eu sentia que as pessoas evitavam falar que eu estava com câncer no reto e falavam: ‘você está com câncer na parte final do intestino'”, contou a cantora. Ele vestiu uma roupa azul para conscientizar o público a respeito do Março Azul, mês da prevenção e da conscientização do câncer colorretal.
Confira o programa completo:
* Por Matheus Simoni. Foto: Nadja Kouchi/Divulgação.
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