11 Mar 2022
Preta Gil estampa capa da revista CLAUDIA de março

“É um álbum de 20 anos de carreira: eu cheguei no estúdio com muitas certezas e muitas dores – e foi tudo por água abaixo. Veio uma Preta que não conhecia, uma Preta compositora e criativa musicalmente falando. Nunca tinha me permitido compor e, para mim, concretizar isso já é uma vitória”, conta.
Com posições políticas robustas, a cantora carioca avalia que estampar a capa da revista CLAUDIA faz parte de um processo de reconstrução dos padrões de beleza existentes na sociedade e colocou como condição que as fotos não fossem alteradas.
"Agora, quando eu faço uma capa de revista, é pelo coletivo. Quando CLAUDIA me coloca em uma capa, mais que me enaltecer, o que está acontecendo é uma reparação histórica. A gente normalizou por muito tempo um padrão de beleza que trouxe muitas mazelas e as revistas têm responsabilidade em transformar esse cenário. Eu sei que eu não sou o padrão de beleza e eu represento essa ruptura. Esta capa, para mim, é de uma relevância enorme porque faz parte da reconstrução desse imaginário coletivo do que é beleza”, destaca.