Praia do Forte também vai homenagear Iemanjá com cortejo e festa na praia

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A Festa de Iemanjá é também chamada por muitas pessoas de Festa do Rio Vermelho, embora essa segunda denominação não seja tão condizente com a realidade da celebração. Primeiro, porque nem sempre a festa foi mais concentrada no bairro mais boêmio de Salvador. A tradição só começou a ficar mais forte por lá há cerca de um século, antececida por celebrações mais populares em bairros como Ribeira e Itapuã. E segundo, porque as oferendas à Rainha do Mar do Dois de Fevereiro não se restringem nem ao Rio Vermelho, e muito menos à capital baiana.

No balneário de Praia do Forte, em Mata de São João, no Litoral Norte, os terreiros da região também estão preparando um lindo espetáculo de sons, cores e muita fé em homenagem a Iemanjá.

Como manda a tradição, pais e filhos de santo desfilam em cortejos por toda a avenida principal do famoso vilarejo ao som de atabaques, agogôs, reco-recos e caxixis. Quando chegam na Praça da Igreja São Francisco e na Praia do Portinho, são feitos os rituais de oferenda, para levar os presentes da Rainha do Mar em barcos ornamentados.

A Festa de Iemanjá da Praia do Forte, inclusive, já é há alguns anos um dos principais eventos do calendário de Verão de Mata de São João. “Além de um ritual sagrado, de fé, do povo de santo, é uma festa muito bonita, que agrega ao nosso turismo”, explica Alexandre Rossi, secretário municipal de Turismo.

“Os visitantes ficam encantados com a fé do povo matense e com todo espetáculo de cores, flores, perfumes, beleza e sons. Por isso só temos que respeitar e valorizar cada vez mais essas manifestações, que são muito nossas, do nosso povo”, conclui Rossi.

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Além do Rio Vermelho e Praia do Forte, Salinas da Margarida, Ribeira e Itapuã ainda registram homenagens maiores à orixá. Em entrevista ao Jornal Correio, em fevereiro do ano passado, a doutora em Antropologia Cristiane Sobrinho, autora do laudo que tornou a Festa de Iemanjá Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, explica que a festa só ganha força no Rio Vermelho há cerca de um século, mas não ficou só por lá.

“É uma tradição que acontece em vários locais. A questão do Rio Vermelho é que a entrega de oferendas foi iniciada entre 1922 e 1923 pela Colônia de Pesca do Z1, a primeira da Bahia, que fica no Rio Vermelho. Tudo começou com os pescadores entregando o presente e, depois, entra o candomblé”, explicou.

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