Planeta Terra bate novo recorde de dia mais quente da História

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A temperatura média do planeta Terra, registrada dois metros acima da superfície, atingiu dois novos recordes esta semana. Na última segunda-feira (3), a temperatura ultrapassou 17°C pela primeira vez desde o início das medições. Já na terça-feira (4), o recorde foi batido novamente, com os termômetros marcando 17,18°C. Os dados foram relatados pelos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos EUA (Noaa). 

Segundo especialistas, a alta da temperatura foi atribuída à mudança climática induzida pelo homem e ao padrão climático El Niño. 

Antes de segunda-feira, o último recorde foi e 16,92º Celsius em 24 de julho de 2022. Conforme os dados do Noaa, a temperatura do ar tem oscilado entre 12°C e 17°C.

"Este não é um marco que deveríamos comemorar, é uma sentença de morte para pessoas e ecossistemas", afirma a cientista climática Friederike Otto, do Grantham Institute for Climate Change and the Environmen do Imperial College, no Reino Unido. "É preocupante, e não será o dia mais quente por muito tempo", acrescenta.

Preocupações
A situação pode ficar ainda pior, acreditam os cientistas, já que os próximos dias devem ser ainda mais quentes com o fortalecimento do El Niño. É esperado que o padrão climático de aquecimento mundial aumente as temperaturas globais nos próximos nove a 12 meses.

"Infelizmente, promete ser apenas o primeiro de uma série de novos recordes estabelecidos este ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um crescente evento El Niño, levam as temperaturas a novos recordes", afirmou Zeke Hausfather, cientista da Berkeley Earth, através de um comunicado dado pela Reuters.

Em maio deste ano a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou que as temperaturas globais provavelmente atingiriam níveis recordes entre 2023 e 2027, alimentadas pelas emissões de gases de efeito estufa e pelo evento natural El Niño.

A temperatura global média anual pode ficar mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais por pelo menos um ano.

*Publicado por Naiana Ribeiro. Foto: ​Pixabay.

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