24 Jul 2022
"Pipoca da Ivete" estreia neste domingo (24), com a cara de Ivete: “é o que sou”

Apesar de semanal, o programa tem quadros gravados previamente, mas, ainda assim, foi preciso reorganizar a agenda, mais uma vez. "Desde que tive meu primeiro filho, venho reorganizando", explica, celebrando, no entanto, o momento que vive em sua carreira. "Eu tive o privilégio de chegar a um estágio em que posso fazer minhas escolhas", disse.
Grande entertainer, muito além de cantora, Ivete retomou o assunto sobre a paixão que sente pela atuação. "Atuar é delicioso. De todas as coisas que já fiz, é a que cobra mais de mim", contou a baiana, que adianta que, no "Pipoca da Ivete", usará a atuação como ferramenta de diversão, mas não é uma área que vê como prioridade atualmente.
"Algum dia, posso me sentir confortável para levar a atuação mais a sério, em projetos nos quais possa ter responsabilidade. Não faço nada que eu não possa cumprir", reforçou em conversa com a repórter Naiara Andrade.
Sobre exemplos que a inspiram na TV, Ivete não esqueceu de Chacrinha, Hebe e Tia Arilma, precursora, ainda nos anos 1980, dos programas infantis na Bahia. "Foi o primeiro programa de auditório que eu vi e do qual participei, ainda criança", revelou, lembrando de outra baiana, Mara Maravilha, que comandava o “Clube do Mickey”. "Eu tinha 7 anos quando fui lá, ela tinha uns 11. Ainda pequena, já era muito talentosa", contou.
Xuxa, grande amiga, claro, não foi esquecida. "Ficamos próximas, e ela me confiou o seu programa quando foi ter a Sasha. Foi uma experiência massa!", relembrou, reforçando que, ao longo do caminho, recebeu carinho e apoio de grandes nomes da TV, como Fausto Silva.
Sobre ter um programa que leva, pela primeira vez, sua assinatura, Ivete não esconde que traz vaidade, segundo ela "um sentimento que está dentro do ser humano", mas mantém os pés no chão. "Fico envaidecidíssima. Mas, tudo dentro do peso e da medida que as coisas têm que ter. Isso me motiva mais", reflete.
Com 50 anos recém-completados com show especial direto de Juazeiro, sua terra natal, a cantora falou também sobre sua jornada até aqui. "Aprendi que não vou corresponder a todas as expectativas. Não sou unanimidade, nem quero ser. É genuíno querer ser aceito, mas a gente vai afogando nossa personalidade, sofre e deixa de viver", pondera.
Foto: Fábio Rocha/Globo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.