PF conclui que Bolsonaro cometeu incitação ao crime em falas sobre vacina

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A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quarta-feira (28), que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao disseminar informações falsas sobre a crise sanitária, durante a pandemia, em inquérito aberto a pedido da CPI da Covid.
 
Em outubro de 2021, nas lives que transmitia, Bolsonaro leu manchete que associava a vacina contra a Covid ao desenvolvimento de AIDS. A matéria era do site "Before It’s News", baseada em artigo do "The Exposé", que apresentava relatórios do governo britânico que sugeriam que vacinados estavam desenvolvendo AIDS mais rápido que o previsto. No mesmo mês, o órgão de saúde do governo do Reino Unido desmentiu que os relatórios apontavam a informação e reafirmaram que as vacinas estimulam o sistema imunológico, não o contrário.
 
Com a declaração do presidente, a PF concluiu ter sido uma incitação ao crime e "provocação de alarma", considerando que, muito além de ser uma opinião, a opinião era de um Chefe de Estado, capaz de incentivar, influenciar e estimular comportamentos na população. O documento aponta ainda os mesmos crimes na conduta do tenente-coronel Marcos Cid, responsável pela sepação dos materiais divulgados.
 
A PF já encaminhou seu relatório ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A partir de segunda (2), o inquérito poderá ser enviado para a 1ª instância, já que Bolsonaro deixa de ter o foro privilegiado, ao sair da Presidência.
 
Foto: Reprodução/Metrópoles. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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